LIÇÃO 13 - 28/03/10

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Lição – 13 (CPAD)
Visões e Revelações do Senhor
28 de março de 2010
1° trimestre



Caro professor de EBD.
Se sua Igreja adota as revistas da CPAD, desejamos que o conteúdo disponibilizado neste blog, possa auxiliá-lo no preparo de sua aula.
É um blog recém-criado, e que gradativamente, seu conteúdo será enriquecido, para que possa tornar-se uma ferramenta poderosa de auxílio aos professores de Escolas Bíblias Dominicais ou Sabatinais.
Em mais de trinta anos participando ativamente em todas as esferas da EBD, pude observar que noventa e cinco por cento dos professores tinham dificuldades no preparo de suas aulas por não disporem de conteúdos paralelos de pesquisa, tais como: Dicionários, Enciclopédias, Bíblias Comentadas, livros de Comentários Bíblicos, livros de Teologia Sistemática ou mesmo livros que comentam o texto bíblico com base nos princípios hermenêuticos e exegéticos.
O professor de EBD deve, em uma atitude ativa, dinâmica e progressiva, desenvolver o hábito de leitura. E isso não restringe somente a leitura da Bíblia. Um bom professor de EBD deve, gradativamente, ir compondo sua biblioteca com os tipos de livros citados acima, bem como, livros nas áreas de: liderança, comportamento, relacionamentos, literatura romanesca (nacionais e estrangeiras), psicologia, ciência, história e geografia.
Nenhum professor deve exigir, de si mesmo, o domínio total nessas áreas do conhecimento. Basta tão somente conhecê-las, e isso, só se consegue por meio de leitura. Pois quando somadas ao conhecimento provindo do estuda da Bíblia, o Espírito Santo, proporcionará aos seus alunos uma aula enriquecedora, que irá ajudá-los nas transformações do cotidiano de suas vidas.
Nossa intenção não é preparar um modelo ou modelos de aula para serem usados, nem tão pouco, produzir o desenvolvimento do conteúdo da lição tópico por tópico, como são apresentados em todos os blogs e sites que intencionam ajudar o professor de EBD.
Nosso propósito maior é disponibilizar partes de textos, devidamente identificada sua autoria, para que o professor, com base nesses conteúdos, que talvez não tenha acesso por não possuir tais livros, possa, ele mesmo, preparar sua aula. Nosso blog se tornará a maior biblioteca virtual de pesquisa para lições da EBD. Com essa iniciativa estamos dando início a um trabalho pioneiro nessa área.
O professor verá, que ao final de um ano, após ter adotado a EBD WEB MASTER como ferramenta principal de auxílio no preparo de suas aulas, o quanto foi útil no crescimento pessoal, de sua classe, e por extensão, também de sua Igreja.
Esse blog crescerá de forma contínua, porém gradativa. Nosso objetivo maior é poder, o mais que possível, disponibilizar artigos que sirvam de auxílio ao professor.
Escreva para nós. Envie sugestões, comentários e críticas. Estamos aberto ao diálogo.

Ore e divulgue essa iniciativa.

Kemuel Carvalho
Professor de EBD



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SEÇÃO I

Nessa Seção, para uma melhor compreensão do texto bíblico, e para elucidação de possíveis dificuldades, que por ventura, o professor venha a encontrar no campo semântico ou lingüístico do texto bíblico encontrado na LEITURA BÍBLICA, apresentaremos o mesmo texto, nas quatro versões mais usadas no meio cristão, que são: Versão Revista e Corrigida (ARC), Versão Revista e Atualizada (ARA), Versão Bíblia na Linguagem de Hoje (BLH) e a Nova Versão Internacional (NVI).
O professor verá o quanto a leitura paralela desses textos irá proporcionar uma melhor compreensão do que esta sendo comentado nos tópicos da lição.



LEITURA BÍBLICA
Revista: 2ª Co 12.1-4,7-10,12
Estudo:  2ª Co 12.1-12


Versão Revista e Corrigida – ARC

CAPÍTULO 12
19   Cuidais que ainda nos desculpamos convosco? Falamos em Cristo perante Deus, e tudo isto, ó amados, para vossa edificação.
20   Porque receio que, quando chegar, vos não ache como eu quereria, e eu seja achado de vós como não quereríeis, e que de alguma maneira haja pendências, invejas, iras, porfias, detrações, mexericos, orgulhos, tumultos;
21   que, quando for outra vez, o meu Deus me humilhe para convosco, e eu chore por muitos daqueles que dantes pecaram e não se arrependeram da imundícia, e prostituição, e desonestidade que cometeram.

CAPÍTULO 13
1     É esta a terceira vez que vou ter convosco. Por boca de duas ou três testemunhas, será confirmada toda palavra.
2     Já anteriormente o disse e segunda vez o digo, como quando estava presente; mas agora, estando ausente, o digo aos que antes pecaram e a todos os mais que, se outra vez for, não lhes perdoarei,
3     visto que buscais uma prova de Cristo que fala em mim, o qual não é fraco para convosco; antes, é poderoso entre vós.
4     Porque, ainda que tenha sido crucificado por fraqueza, vive, contudo, pelo poder de Deus. Porque nós também somos fracos nele, mas viveremos com ele pelo poder de Deus em vós.
5     Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis, quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.
6     Mas espero que entendereis que nós não somos reprovados.
7     Ora, eu rogo a Deus que não façais mal algum, não para que sejamos achados aprovados, mas para que vós façais o bem, embora nós sejamos como reprovados.
8     Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade.
9     Porque nos regozijamos de estar fracos, quando vós estais fortes; e o que desejamos é a vossa perfeição.
10   Portanto, escrevo essas coisas estando ausente, para que, estando presente, não use de rigor, segundo o poder que o Senhor me deu para edificação e não para destruição.
11   Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco.
12   (13-12a) Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo.
13   (13-12b) Todos os santos vos saúdam.
14   (13-13) A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com vós todos. Amém!

Versão Revista e Atualizada – ARA

CAPÍTULO 12
19   Há muito, pensais que nos estamos desculpando convosco. Falamos em Cristo perante Deus, e tudo, ó amados, para vossa edificação.
20   Temo, pois, que, indo ter convosco, não vos encontre na forma em que vos quero, e que também vós me acheis diferente do que esperáveis, e que haja entre vós contendas, invejas, iras, porfias, detrações, intrigas, orgulho e tumultos.
21   Receio que, indo outra vez, o meu Deus me humilhe no meio de vós, e eu venha a chorar por muitos que, outrora, pecaram e não se arrependeram da impureza, prostituição e lascívia que cometeram.

CAPÍTULO 13
1     Esta é a terceira vez que vou ter convosco. Por boca de duas ou três testemunhas, toda questão será decidida.
2     Já o disse anteriormente e torno a dizer, como fiz quando estive presente pela segunda vez; mas, agora, estando ausente, o digo aos que, outrora, pecaram e a todos os mais que, se outra vez for, não os pouparei,
3     posto que buscais prova de que, em mim, Cristo fala, o qual não é fraco para convosco; antes, é poderoso em vós.
4     Porque, de fato, foi crucificado em fraqueza; contudo, vive pelo poder de Deus. Porque nós também somos fracos nele, mas viveremos, com ele, para vós outros pelo poder de Deus.
5     Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.
6     Mas espero reconheçais que não somos reprovados.
7     Estamos orando a Deus para que não façais mal algum, não para que, simplesmente, pareçamos aprovados, mas para que façais o bem, embora sejamos tidos como reprovados.
8     Porque nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria verdade.
9     Porque nos regozijamos quando nós estamos fracos e vós, fortes; e isto é o que pedimos: o vosso aperfeiçoamento.
10   Portanto, escrevo estas coisas, estando ausente, para que, estando presente, não venha a usar de rigor segundo a autoridade que o Senhor me conferiu para edificação e não para destruir.
11   Quanto ao mais, irmãos, adeus! Aperfeiçoai-vos, consolai-vos, sede do mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz estará convosco.
12   (13-12a) Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo.
13   (13-12b) Todos os santos vos saúdam.
14   (13-13) A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.


Nova Versão Internacional – NVI

CAPÍTULO 12
19   Vocês pensam que durante todo este tempo estamos nos defendendo perante vocês? Falamos diante de Deus como alguém que está em Cristo, e tudo o que fazemos, amados irmãos, é para fortalecê-los.
20   Pois temo que, ao visitá-los, não os encontre como eu esperava, e que vocês não me encontrem como esperavam. Temo que haja entre vocês brigas, invejas, manifestações de ira, divisões, calúnias, intrigas, arrogância e desordem.
21   Receio que, ao visitá-los outra vez, o meu Deus me humilhe diante de vocês e eu lamente por causa de muitos que pecaram anteriormente e não se arrependeram da impureza, da imoralidade exual e da libertinagem que praticaram.

CAPÍTULO 13
1     Esta será minha terceira visita a vocês. “Toda questão precisa ser confirmada pelo depoimento de duas ou três testemunhas”.
2     Já os adverti quando estive com vocês pela segunda vez. Agora, estando ausente, escrevo aos que antes pecaram e aos demais: quando voltar, não os pouparei,
3     Visto que vocês estão exigindo uma prova de que Cristo fala por meu intermédio. Ele não é fraco ao tratar com vocês, mas poderoso entre vocês.
4     Pois, na verdade, foi crucificado em fraqueza, mas vive pelo poder de Deus. Da mesma forma, somos fracos nele, mas, pelo poder de Deus, viveremos com ele para servir vocês.
5     Examinem-se para ver se vocês estão na fé; provem-se a si mesmos. Não percebem que Cristo Jesus está em vocês? A não ser que tenham sido reprovados!
6     E espero que saibam que nós não fomos reprovados.
7     Agora, oramos a Deus para que vocês não pratiquem mal algum. Não para que os outros vejam que temos sido aprovados, mas para que vocês façam o que é certo, embora pareça que tenhamos falhado.
8     Pois nada podemos contra a verdade, mas somente em favor da verdade.
9     Ficamos alegres sempre que estamos fracos e vocês estão fortes; nossa oração é que vocês sejam aperfeiçoados.
10   Por isso escrevo estas coisas estando ausente, para que, quando eu for, não precise ser rigoroso no uso da autoridade que o Senhor me deu para edificá-los, e não para destruí-los.
11   Sem mais, irmãos, despeço-me de vocês! Procurem aperfeiçoar-se, exortem-se mutuamente, tenham um só pensamento, vivam em paz. E o Deus de amor e paz estará com vocês.
12   Saúdem uns aos outros com beijo santo.
13   Todos os santos lhes enviam saudações.
14   A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vocês.

Versão Linguagem de Hoje – BLH

CAPÍTULO 12
19   Talvez vocês pensem que estamos querendo nos defender diante de vocês, mas não é isso. Falamos como Cristo nos mandaria falar, na presença de Deus. E tudo o que fazemos, queridos amigos, é para ajudar vocês.
20   Tenho medo de que, quando chegar aí, eu os encontre diferentes do que eu gostaria que fossem e que vocês me achem diferente do que gostariam que eu fosse. Tenho medo também de encontrar brigas e ciumeiras, ódio e egoísmo, insultos, falatório, orgulho e desordens.
21   Receio ainda que na minha próxima visita o meu Deus me humilhe diante de vocês e que eu tenha de chorar por muitos de vocês que continuam a cometer os mesmos pecados que cometiam no passado e não se arrependeram da sua imoralidade sexual, nem das relações sexuais proibidas, nem de outras coisas indecentes que faziam.

CAPÍTULO 13
1     Esta já é a terceira vez que vou visitá-los. Como dizem as Escrituras Sagradas: "Qualquer acusação precisa ser confirmada pela palavra de pelo menos duas testemunhas."
2     Quero dizer uma coisa a vocês que pecaram no passado e a todos os outros. Durante a minha segunda visita, eu já tinha dito isto e, agora que estou longe, repito: Na próxima vez que eu for, não vou ter pena de ninguém.
3     Então vocês terão todas as provas que quiserem de que Cristo fala por meio de mim. Quando trata com vocês, Cristo não é fraco; pelo contrário, mostra o seu poder entre vocês.
4     Porque, embora tenha sido crucificado em estado de fraqueza, Cristo vive pelo poder de Deus. Assim nós também, unidos com ele, somos fracos; porém, em nossa convivência com vocês, estaremos ligados com o Cristo vivo e teremos o poder de Deus para agir.
5     Examinem-se para descobrirem se vocês estão firmes na fé. Com certeza vocês sabem que Jesus Cristo está unido com vocês, a não ser que vocês tenham falhado completamente.
6     E espero que vocês saibam que nós não temos falhado.
7     Oramos a Deus pedindo que vocês não façam nada que seja mau, não para mostrarmos que nós somos um sucesso, mas para que vocês façam o que é certo. E não importa que fique parecendo que nós falhamos.
8     Pois nós não podemos fazer nada contra a verdade, mas somente a favor da verdade.
9     Por isso ficamos alegres quando estamos fracos, contanto que vocês estejam fortes. E também oramos para que vocês se tornem mais fortes na fé.
10   Escrevo esta carta antes de ir vê-los para que, quando eu for, não tenha de ser tão duro no uso da autoridade que o Senhor me deu. Essa autoridade é para fazer com que vocês cresçam espiritualmente e não para destruí-los.
11   E agora, irmãos e irmãs, até logo. Procurem ser corretos em tudo. Escutem bem o que eu digo. Tenham todos o mesmo modo de pensar e vivam em paz. E o Deus de amor e de paz estará com vocês.
12   (13-12a) Cumprimentem uns aos outros com um beijo de irmão.
13   (13-12b) Todo o povo de Deus manda saudações.
14   (13-13) Que a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a presença do Espírito Santo estejam com todos vocês!



SEÇÃO II

Nessa Seção, apresentamos alguns comentários extraídos de Bíblias Comentadas. Muitas vezes, os comentários podem não seguirem a mesma linha de raciocínio, isso porque, dentro da visão geral teológica da interpretação aceitável para o texto, estão as marcas dogmáticas e religiosas seguidas por cada comentarista.
E isso é bom para o professor de EBD, pois ele passar a tomar conhecimento de possíveis interpretações dadas para um mesmo texto. Cabe ao professor, apresentá-las, se necessário, porém, posicionando-se por aquela que ele considera mais próxima da linha dogmática seguida por sua Igreja.



COMENTÁRIO, EXTRAÍDO NA ÍNTEGRA, DA BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL

12.20 DETRAÇÕES, MEXERICOS.
A Bíblia condena os pecados da língua que prejudicam o próximo, como sendo ofensas graves contra a lei cristã do amor. Qualquer tipo de conversa que rebaixa o próximo ou que difama seu caráter deve ser reprovada. A conversa ou menção de delitos do próximo devem ser feitos somente com um motivo sincero de ajudar tal pessoa, ou de proteger os outros e o reino de Deus (Rm 1.29; Ef 4.31; 2Tm 4.10,14,15; 1Pe 2.1).
12.21 CHORE POR MUITOS DAQUELES QUE... PECARAM.
Os ministros cristãos devem chorar por aqueles na igreja que se recusam a arrepender-se do seu pecado e abandoná-lo, pois estão espiritualmente mortos. A mensagem trágica para eles é a palavra que Paulo dirige aos coríntios (1Co 6.9), aos gálatas (Gl 5.21) e aos efésios (Ef 5.5,6); palavra essa que declara a sua exclusão do reino de Deus.
13.2 NÃO LHES PERDOAREI.
O amor do pastor aos membros da sua igreja requer austeridade e não somente afeição. Chega a hora em que a paciência termina a sua caminhada e, para o bem da igreja, os transgressores não devem ser mais tolerados. É caso então de santa justiça, e não de indulgência.
13.5 EXAMINAI-VOS... SE PERMANECEIS NA FÉ.
Nenhum conhecimento é tão importante para os crentes como a certeza de que têm a vida eterna (ver Jo 17.3). Todos os cristãos professos devem examinar a si mesmos para ver se a sua salvação é uma realidade presente.
13.13 GRAÇA... AMOR... COMUNHÃO.
A bênção impetrada por Paulo dá testemunho da crença na Trindade, mantida pela igreja do NT. Paulo ora para que os coríntios tenham continuamente a experiência:
(1) da graça de Cristo, i.e., da sua presença, poder, misericórdia e consolo;
(2) do amor paternal de Deus, com todas as suas bênçãos e
(3) da comunhão cada vez mais profunda com o Espírito Santo. Sendo essa tríplice realidade uma bênção sempre presente em nossa vida, nossa sal­vação está garantida.


COMENTÁRIO, EXTRAÍDO NA ÍNTEGRA, DA BÍBLIA DE ESTUDO DE GENEBRA

12.20 DETRAÇÕES, MEXERICOS.
A Bíblia condena os pecados da língua que prejudicam o próximo, como sendo ofensas graves contra a lei cristã do amor. Qualquer tipo de conversa que rebaixa o próximo ou que difama seu caráter deve ser reprovada. A conversa ou menção de delitos do próximo devem ser feitos somente com um motivo sincero de ajudar tal pessoa, ou de proteger os outros e o reino de Deus (Rm 1.29; Ef 4.31; 2Tm 4.10,14,15; 1Pe 2.1).
12.21 CHORE POR MUITOS DAQUELES QUE... PECARAM.
Os ministros cristãos devem chorar por aqueles na igreja que se recusam a arrepender-se do seu pecado e abandoná-lo, pois estão espiritualmente mortos. A mensagem trágica para eles é a palavra que Paulo dirige aos coríntios (1Co 6.9), aos gálatas (Gl 5.21) e aos efésios (Ef 5.5,6); palavra essa que declara a sua exclusão do reino de Deus.
13.2 NÃO LHES PERDOAREI.
O amor do pastor aos membros da sua igreja requer austeridade e não somente afeição. Chega a hora em que a paciência termina a sua caminhada e, para o bem da igreja, os transgressores não devem ser mais tolerados. É caso então de santa justiça, e não de indulgência.
13.5 EXAMINAI-VOS... SE PERMANECEIS NA FÉ.
Nenhum conhecimento é tão importante para os crentes como a certeza de que têm a vida eterna (ver Jo 17.3). Todos os cristãos professos devem examinar a si mesmos para ver se a sua salvação é uma realidade presente.
13.13 GRAÇA... AMOR... COMUNHÃO.
A bênção impetrada por Paulo dá testemunho da crença na Trindade, mantida pela igreja do NT. Paulo ora para que os coríntios tenham continuamente a experiência:
(1) da graça de Cristo, i.e., da sua presença, poder, misericórdia e consolo;
(2) do amor paternal de Deus, com todas as suas bênçãos e
(3) da comunhão cada vez mais profunda com o Espírito Santo. Sendo essa tríplice realidade uma bênção sempre presente em nossa vida, nossa sal­vação está garantida.
       

COMENTÁRIO, EXTRAÍDO NA ÍNTEGRA, DA BÍBLIA VIDA NOVA

12.21 Deus me humilhe.
A maior humilhação do pai é o erro do filho. Assim também os pecados e soberba dos coríntios refletiram-se sobre Paulo. humilhando-o.
12.21 e não se arrependeram da Impureza.
Parece que os falsos mestres apoiavam a imoralidade (cf Ap 2.14,20).
13:4 Fraqueza.
Não se explica a crucificação do Filho de Deus senão pela fraqueza por Ele assumida voluntariamente (Fp 2.8; 1Pe 3.18). O poder em que Cristo agora vive é a onipotência de Deus que se manifestou na ressurreição (Rm 1.4; 6.4). Seus discípulos também são fracos à vista do mundo, mas poderosos em Cristo (Fp 4.13).
13.5 examinai-vos (gr. peirazō).
Testar, tentar; cf Tg 1.12. Estais na fé. Fala do essencial do evangelho, o credo objetivo sem o qual não há salvação. Aquele que realmente está na fé tem o Espirilo e produz Seu fruto (Gl 5.22; Mt 7.16). Provai-os (gr dokimazō). Trata-se de testar a autoridade de duma moeda. Quando ela cai no mármore, indica se é composta de prata ou de chumbo. No julgamento final, Deus testará a fé e se for genuína, salvará aquele que a tem.
13.8 Na podemos contra a verdade.
O princípio geral, aqui reconhecido, é que a luta contra a verdade, seja científica, histórica ou em qualquer campo não deixa de ser uma lula contra Aquele que é a Verdade.
13.9 vós, fostes.
Isto é, em graça e dons concedidos por Deus. Aperfeiçoamento (cf Ef 4.12). Aponta para a preparação total para enfrentar toda necessidade e emergência. Este preparo se adquire apenas por treinamento e experiência (cf 2Tm 2.15).
13 A bênção apostólica aponta para a trindade.
A graça de Cristo nos revela o amor de Deus (cf v 11) que, por sua vez, nos dá a filia por meio do Espirilo Santo que produz comunhão fraternal entre os filhos de Deus.


COMENTÁRIO, EXTRAÍDO NA ÍNTEGRA, DA BÍBLIA DE JERUSALÉM

12.19 Desde muito, julgais.
Var.: “Imaginais ainda”.
13.1 A "terceira vez".
A primeira deu-se por ocasião da fundação da Igreja; a segunda quando da “visita intermediária”.
13.7 Ainda que devamos passar por não aprovados.
A prova de que trata o contexto será o comportamento de Paulo e dos coríntios por ocasião da visita anunciada em 13.1, em que Paulo mostrará que Cristo age por ele (13.3s). A prova redundará em detrimento dos coríntios (13.6), se não se converterem. Por suas sanções, Paulo triunfará (13.7). Mas, se os coríntios se converterem, Paulo não terá que usar do seu poder; parecerá fraco e os coríntios fortes (13.9); o Apóstolo parecerá derrotado na prova (13.7), pois os adversários poderão continuar a dizer que as ameaças de Paulo são meramente verbais (cf. 10.9s). Não obstante, Paulo aceita com alegria esta eventualidade, humilhante para ele, mas gloriosa para os seus fiéis.
13.12 Ósculo Santo.
E o ósculo litúrgico, símbolo da fraternidade cristã (Rm 16.16; 1Cor 16.20; 1Ts 5.26).
13.13 A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.
Essa fórmula trinitária, provavelmente de origem litúrgica (cf. também Mt 28.19), tem seu eco em numerosas passagens das epístolas, em que a ação respectiva das três Pessoas divinas é apresentada em função dos contextos diversos (Rm 1.4+; 15.16,30; 1Cor 2.10-16; 6.11,14,15,19; 12,4-6; 2Cor 1.21s; Gl 4.6; Fl 2.1; Ef 1.3-14; 2.18,22; 4.4-6; 2Ts 2.13; Tt 3.5s; Hb 9.14; 1Pd 1.2; 3.18; 1Jo 4.2; Jd 20.21; Ap 1.4s; 22.1; cf. At 10.38; 20.28; Jo 14.16,18,23). Observem-se em 1Cor 6.11; Ef 4.4-6 as formulações ternárias, que reforçam o pensamento trinitário. Comparar também com a tríade das virtudes teologais (1Cor 13.13 +).



SEÇÃO III

Nessa Seção, apresentamos alguns comentários bíblicos extraídos de Enciclopédias de Comentários Bíblicos e Livros especializados nas áreas de hermenêutica e exegese bíblica.
A leitura do conteúdo aqui apresentado proporcionará ao professor de EBD, a imersão na riqueza dos conhecimentos apresentados por seus autores, quando trata do contexto do texto, ou das especificidades de uma expressão ou palavra.



COMENTÁRIO, EXTRAÍDO NA ÍNTEGRA, DA ENCICLOPÉDIA
“O NOVO COMENTÁRIO DA BÍBLIA”

12.12-21 O amor e o interesse do apóstolo.
Nesta seção, ele declara que todo o seu desejo é a edificação da igreja dos coríntios. Não é a glorificação de si mesmo o que ele procura; em tudo quanto fazia era levado pelo amor que lhes votava. Todo este tópico ressumbra ironia, ao referir-se Paulo outra vez a algumas acusações que lhe faziam, e ao mostrar quanto eram absurdas. Cfr. verso 12.
12.14. Não vou atrás dos vossos bens, mas procuro a vós outros.
Era este o seu modo de proceder. Coisas materiais não o fascinavam, porque ele já possuía algo das riquezas de Cristo.
12.14 Pela terceira vez.
Veja-se abaixo nota sobre 13:1.
12.15. Eu de boa mente me gastarei e ainda me deixarei gastar em prol das vossas almas.
Incansável era a sua atitude de serviço para com eles, e todavia parecia-lhe que, apesar de tanto anelar a afeição deles e quanto mais lhes revelava amor, tanto menos era por eles amado.
12.16 Sendo astuto, vos prendi com dolo.
Estes sentimentos Paulo está repudiando, mas aqui, de modo causticante, emprega as palavras que os seus detratores usam, como que dizendo: “Ora, eu vos prendi com dolo, não foi mesmo?”. E então refuta insinuação tão vil com as palavras que se seguem (17,18).
Embora fosse um idealista intimorato, Paulo era também um individuo prático. Não hesita em dizer, nos vers. 20 e 21, o que acontecerá de fato quando ele os visitar da próxima vez. Reconhece que muitos que pecaram em matéria de impureza, prostituição e lascívia (21) podiam não ter-se arrependido; e, neste caso, é ele quem vai sentir-se humilhado. O vero discípulo de Cristo identifica-se por tal forma com o seu Mestre divino, que vem a sentir as tristezas dEste com relação aos pecadores.

13.1-10 Última exortação.
13.1 Terceira vez.
Podemos entender as três visitas assim: a registrada em At. 18.1, a visita de que ele desistiu (ver 1.16) e esta que agora tem em mira.
Sabe o apóstolo existirem ainda membros da Igreja de Corinto que persistem no pecado (2). É admissível que a situação lá fosse muito difícil para os cristãos, devido ao ambiente de baixo padrão moral; o apóstolo está lutando decididamente para arrebatá-los das garras do pecado. No verso 7, temos outra daquelas revelações de realidade espiritual, peculiarmente intensas, que caracterizam os escritos de Paulo e os demais do Novo Testamento.
13.4 Foi Crucificado em fraqueza, contudo vive pelo poder de Deus.
Ver Cristo crucificado seria vê-lO aparentemente vencido por Seus inimigos, impotente às mãos deles. Contudo, este mesmo espetáculo de fraqueza era, na realidade, uma manifestação do poder de Deus - porque nele Deus recebeu em si a ferroada do pecado, suportou-lhe o veneno e ergueu-se triunfante. Sofrendo o efeito do pecado, isto é, a morte, Ele pareceu fraco.
13.4 Nós também, somos fracos nele; mas viveremos com ele.
Mas foi a fraqueza dAquele que conhecia Sua própria força, dAquele que consentiu em ser fraco, apercebido do Seu grande poder.
13.5 na fé.
Mesmo nesta última fase da história cristã daquela igreja, o apóstolo está preparado para desafiá-los a que se examinem a si mesmos se estão na fé.
13.5 Reprovados.
Nenhum cristão pode dispensar este auto-exame. Serve para aprofundar a fé, onde esta for verdadeira. Esta palavra traz a idéia de rejeição depois da prova. Ninguém, é rejeitado por Deus sem antes ser provado, e somente depois de provado incorrerá em reprovação, se for achado “adequado para a destruição” (Rom. 9.22).
13.9 aperfeiçoamento.
O apóstolo termina a epistola exortando à honestidade (7), que leva ao aperfeiçoamento.
13.10 Rigor.
Paulo anseia que todas as causas de atrito sejam afastadas antes de sua chegada a Corinto, e que eles correspondam às suas exortações escritas. E assim nada haverá para ele destruir ou arrancar, quando chegar ali.

13.11-14 CONCLUSÃO
13.13 graça.
Esta epistola fornece-nos as belas palavras da Bênção Apostólica, que se usa onde quer que os crentes se reúnam para a oração. Esta linda palavra bíblica tem um sentido que vai da simples idéia de “auxilio”, depois “favor” e “prêmio não merecido”, até o conceito de “caráter intimo”. Cristo ajuda-nos em nossa vida; favorece-nos grandemente, tornando para nós o mal em bem; e habita em nós de modo que espelhemos Seu caráter diante do mundo.
13.13 amor de Deus.
Esta frase pode-se considerar como se referindo o amor do Pai; “de tal maneira amou Deus ao mundo, que deu...”. Tal amor, em sua disposição de dar e perdoar, deve fazer-se sentir também na vida e nas ações dos discípulos de Cristo.
13.13 Comunhão.
Esta palavra também se traduz por “companheirismo”, no Novo Testa­mento. A primeira referência aqui é àquele companheirismo que o Espírito Santo estimula ou cria no meio de todos quantos estão “em Cristo”.
13.13 Espírito santo.
Sempre devemos estar lembrados de que o Espírito Santo é uma Pessoa, e não mera influência. Ele é o “outro advogado” que o Pai enviou no nome do Filho, conforme a promessa de Cristo em João 14.26. Ele habita no meio dos crentes e os constitui em Igreja de Cristo. É também o companheiro pessoal de cada crente de per si, confortando-o, isto é, fortalecendo-o, e também trazendo-lhe à memória sua união espiritual com Cristo e, em Cristo, com todos os crentes.


COMENTÁRIO, EXTRAÍDO NA ÍNTEGRA, DA ENCICLOPÉDIA
“A BÍBLIA EXPLICADA”

Últimos avisos e saudações (1-13).

O apóstolo continua a defesa do seu apostolado. Outros podem afirmar sem razão que são apóstolos, mas nenhum deles pode dar tais provas como ele. As evidências que ele apontou foram:
(a) Que não desculpara os pecados dos coríntios. Alguns tinham continuado no pecado após uma confissão de fé, e isso ele não queria tolerar. Se a salvação tem algum sentido, é salvação do pecado; a fé que não resulta em vencer a prática do pecado, não é a que salva a alma da ira vindoura.
(b) O poder de Deus tinha operado poderosamente nos próprios coríntios. Que se examinassem a si mesmos! Se achavam novidade de vida em si mesmos, essa era a prova do apostolado de Paulo.
(c) Seu poder fora manifestado na fraqueza: nisso ele era parecido com seu Mestre. que tinha sido crucificado em fraqueza mas vivia pelo poder de Deus. Que o servo se parecesse com seu Senhor era mais uma prova do seu apostolado.” [Goodman]

É importante notar o parêntese nos vs. 3,4, de maneira que devemos ler:

“Visto que buscais uma prova que é Cristo que fala em mim... examinai-vos (não a mim, mas) a vós mesmos, se permaneceis na fé...”

“Esta é a terceira vez que estou para vos visitar” (v. 1).
Paley nota que tinha havido apenas uma visita, e que a visita proposta ficou adiada. Agora, pela terceira vez, Paulo propõe fazer a sua (segunda) visita.
Comparando 12:14 com 1:23 e 2:2, vemos que se trata de uma segunda visita, mas proposta pela terceira vez. Embora resolvera ir, ainda não fora, para não ir com tristeza.

A última saudação no v. 11 merece ser meditada. Outra vez Paulo ensina a seus leitores que as suas saudações devem ser santas (12).


COMENTÁRIO, EXTRAÍDO NA ÍNTEGRA, DA ENCICLOPÉDIA
“COMENTÁRIO BÍBLICO BROADMAN”

12.14-21 PREVISÃO DE UMA TERCEIRA VISITA A CORINTO.
Ao prever a sua iminente visita a Corinto, Paulo renova a sua afirmação, feita anteriormente, de que não seria pesado para a igreja, recebendo contribuições dela (cf. 11: 9 e ss.). Ele era impulsionado a isto pelas melhores razões: não busco o que é vosso, mas, sim, a vós.
Esta não é a voz de uma independência orgulhosa, mas a expressão de um amor que deseja dar aos amados, sem receber nada em troca. Isto estava de acordo com o instinto paternal que Paulo, como seu pai em Deus, tinha em relação aos seus filhos, pois todo mundo sabe que os pais devem economizar para os filhos, e não os filhos, para os pais. De fato, ele iria muito além de abrir uma conta bancária para eles: De muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas, e isto era, virtualmente, uma disposição para dar a vida por amor a eles.
A falta de reação entre os coríntios, a esse amor, deve ter sido devido à acusação expressa no verso 16: sendo astuto, vos tomei com dolo. Alguém havia sugerido que a independência de Paulo, em relação à igreja, era apenas aparente; de fato, era puro engano; ele não aceitava nada da igreja publicamente, mas sub-repticiamente coletava o suficiente através dos seus representantes, que continuavam indo a Corinto, com suas cartas.
A referência a Tito, no verso 18, liga-se ao fato de que Tito havia sido enviado por Paulo no ano anterior, para organizar a coleta para os pobres de Jerusalém (8:6); é bem possível que a mesma pessoa que havia feito esta alegação tivesse ido além e dito que a própria coleta era uma fraude, arranjada para encher os bolsos de Paulo.
A resposta de Paulo, a sugestões tão chocantes, foi perguntar qual dos seus representantes havia-se aproveitado financeiramente deles, em qualquer tempo. Não andamos, porventura, no mesmo espírito? Não seguimos as mesmas pegadas? Os amigos de Paulo, como ele próprio, mantinham o mesmo escrupuloso padrão de honestidade, e se recusavam a aceitar quaisquer presentes dos coríntios, em virtude do trabalho que realizavam.
Paulo esclarece que, ao fazer esta longa explicação, a respeito de sua conduta, não o fazia como autodefendendo-se, diante dos seus juízes. Deus era o seu juiz, e Cristo o impelira a falar como acabara de fazer. Além disso, o extravasamento do seu coração, nesta carta, não fora para o seu próprio bem, mas para o deles! Tudo isto, amados, é para vossa edificação. Isto concorda com o importante princípio paulino, de ação eclesiástica: “Faça-se tudo para edificação” (1Cor. 14:26).
Edificação significa construção. É a mesma palavra em ambas as passagens. A edificação dos coríntios, através do ministério desta carta, era, sem dúvida, algo que Paulo achava necessário, por causa do caos ocasionado pelos falsos apóstolos na igreja. A comunhão devia ter sido rompida de maneira drástica, pela sua beligerância, e os efeitos dos ensinamentos deles deviam ter sido sérios no campo moral.
A espécie de colheita amarga que Paulo temia encontrar, devido a tal semeadura, é indicada na segunda parte do verso 20. Se os itens relacionados forem examinados, ver-se-á que são precisamente a espécie de males que resultam da fragmentação da comunhão de uma igreja através de divisão. Paulo temia que a sua próxima visita a Corinto pudesse ser como a última (cf. 2:1), e que viesse a ser uma experiência humilhante para ele, como aquela o fora. De fato, este seria o caso, se ele encontrasse homens e mulheres cujo arrependimento em relação aos seus costumes pagãos ainda fosse incompleto, e membros da igreja que haviam feito ouvidos moucos às suas exortações para darem as costas ao paganismo e abraçarem a santidade. Se ele visse evidências de impureza, prostituição e lascívia, seria forçado a exercer a espécie de disciplina que exigiu em 1 Coríntios 5:1-5, e isso causaria lamentos não apenas para ele, mas também para toda a igreja. As lágrimas de 2 Coríntios valeriam a pena, se impedissem as lágrimas daqueles atos.
13.1-10 Admoestações Tendo em Vista a Terceira Visita.
A afirmação, feita por Paulo, de que estava para fazer uma terceira visita a Corinto é seguida por uma alusão à lei judaica de que por boca de duas ou três testemunhas será confirmada toda palavra (Deut. 19.15). Em tempos antigos, bem como recentes, os eruditos têm considerado que as duas visitas anteriores, à igreja, e a que estava para se realizar somam o testemunho de três testemunhas, baseando-se no julgamento do que ia ser dado contra os recalcitrantes coríntios. É uma idéia atraente, mas, para muitos comentaristas, ela parece uma aplicação forçada da linguagem usada. Se Paulo não está aplicando a lei de Deuteronômio figuradamente, está falando com notável autoridade. Pois, nesse caso, ele está dizendo que quando fosse visitar Corinto de novo, observaria o princípio bíblico de julgamento, e executaria uma investigação completa a respeito do que acontecera na igreja; chamaria testemunhas, e onde se provasse que houvera afastamento da palavra de Deus, ele diz: não os pouparei pelo mal praticado, mas certificar-se-ia de que eles fossem sentenciados. A sua reticência em agir dessa maneira em Corinto, particularmente em sua última visita, fora mal interpretada, de forma que algumas pessoas, na igreja, começaram a duvidar se o poder de Cristo residia em Paulo de maneira comparável ao poder espiritual dos “super-apóstolos”. Buscais uma prova de que Cristo fala em mim. Eles a teriam! Para algumas pessoas esta ia ser uma demonstração indesejável, quando Paulo, no poder do Espírito, expusesse os seus pecados e realizasse a sua excomunhão da igreja.
Paulo, em seguida, traça um paralelo entre Jesus e ele próprio. Pela vontade do Pai, Jesus foi crucificado por fraqueza, mas, desde então, vive... pelo poder de Deus. Assim, Paulo, em união com Cristo, era fraco em sua submissão ao sofrimento, mas poderoso quando o Espírito o usava entre os homens. Viveremos com ele pelo poder de Deus para convosco, escreve ele, em referência ao seu exercício de autoridade para julgamento na igreja.
Semelhantemente, o apóstolo, que fora julgado pelos coríntios, pagava-lhes com a mesma moeda: Examinai-vos a vós mesmos... provai-vos a vós mesmos. Essas pessoas estavam realizando um exame a respeito da realidade do apostolado de Paulo. Ele recomenda que eles realizassem um exame rigoroso da realidade de sua . Eles perguntam se Jesus Cristo estava falando nele. Ele pergunta se Jesus Cristo está neles. Eles estavam preocupados a respeito do apostolado dele. Ele estava preocupado a respeito do bem-estar eterno deles. Se eles tinham fé, Cristo estava neles; mas se não tinham fé, não tinham Cristo nem Deus nem esperança – nada! Quão imperativo era que eles não fossem reprovados!
Que ninguém pense que Paulo estava pensando ansiosamente em chegar a Corinto e exercer juízo contra os que não conseguissem passar pelo seu teste. A sua oração fervorosa era que vós façais o bem. Se esta oração fosse respondida, pareceria que Paulo fora reprovado, pois o poder de Cristo nele para julgar os cristãos degenerados não se manifestaria. Contudo, isso não lhe causaria tristeza, pois o seu único interesse era servir à verdade de Deus.
A declaração do verso 8, de que Paulo nada pode contra a verdade, porém a favor da verdade relaciona-se com a única possibilidade que ele tinha, como homem em que a verdade de Cristo habitava (11.10) e que foi chamado para pregar essa verdade. Se acontecesse que os coríntios se arrependessem do seu erro, renunciassem a falsidade recebida dos apóstolos espúrios, se submetessem ao evangelho a eles ministrado por Paulo e reconhecessem a autenticidade do seu apostolado, o próprio Paulo poderia reconhecer a verdade manifesta entre eles, e não agiria disciplinarmente. Agir de outra maneira seria agir contra a verdade.
De qualquer forma, o amor de Paulo aos coríntios excedia, grandemente, à sua preocupação pela sua própria posição diante dos homens. Pois nos regozijamos quando nós estamos fracos e vós sois fortes, isto é, quando o apóstolo não encontrava oportunidade para demonstrar a sua autoridade, porque os coríntios estavam espiritualmente sadios e não davam ocasião para disciplina. O seu objetivo, em seu trabalho entre os coríntios e em suas orações, quando ausente deles, era o seu aperfeiçoamento. Isso incluía não apenas o fato de avançarem em santidade pessoal, mas um crescimento em graça que os capacitasse a alcançar uma restauração de relações uns com os outros em paz e amor. Isso se torna claro quando se observa que o substantivo aperfeiçoamento se torna, no verso 11, o verbo traduzido como sede perfeitos. Moffatt expressa esta idéia, traduzindo o verso 9a como: “Emendai os vossos caminhos, isso é tudo o que peço.” No verso 11, o traduz da mesma forma, em termos de concordância mútua e vida em paz na comunhão do Deus de amor e paz.
O propósito de Paulo, ao escrever esta carta, era precisamente que isto acontecesse, pois o Senhor lhe dera autoridade... para edificação, e não para destruição. Este é o objetivo pelo qual toda autoridade ministerial é dada na Igreja de Jesus Cristo.

13.11-13 Despedida.
Sede perfeitos retoma o assunto da oração de Paulo pelos coríntios em 13:9. Este verbo ocorre em Marcos 1.19, ao referir-se ao fato de Tiago e João estarem consertando suas redes. Por isso, a RSV, em inglês, a traduz como: “Emendai os vossos caminhos.” Portanto, pode, apropriadamente, representar a idéia de a pessoa se desembaraçar do que destrói a vida espiritual, e colocar em ordem o que está em falta. Visto que o aspecto cole­tivo das relações cristãs é o considerado neste contexto, aqui significa a rejeição do que destrói a comunhão e uma cura das brechas abertas devido às dissensões.
Onde existe prontidão para uma comunhão harmoniosa desta forma, a presença do Deus de amor e de paz se manifesta. E, em tal sociedade, o antigo costume de se saudar os outros com um ósculo (beijo) é mais do que apropriado. O beijo como demonstração de amor em uma comunidade fora tomado da tradição judaica, pelas igrejas, e incorporado à sua adoração pública como um ato solene, especialmente em conexão com a Ceia do Senhor.
Para conservá-lo santo, os homens beijavam os homens e as mulheres as mulheres, mas Cirilo de Jerusalém via um significado mais profundo nesta “santidade”: “Este ósculo é o sinal de que as nossas almas estão interligadas, e já baniram toda lembrança do erro. Portanto, o ósculo é reconciliação, e, por esta razão, é santo” (citado por Plummer).
É no contexto da busca de relações restauradas que podemos entender melhor a bênção do verso 13. Todos os genitivos devem ser entendidos da mesma forma, isto é, como subjetivos: a oração era para que a ação graciosa do Senhor Jesus Cristo fosse dirigida para os receptores da carta, a fim de que eles conhecessem de novo o amor de Deus, e para que a comunhão criada pelo Espírito Santo fosse uma realidade entre eles. A linguagem quase trinitária é inconfundível, indicando que se pensa em uma forma tríplice de apreender Deus no pensamento e na experiência, não obstante indicando a unidade das pessoas da Divindade.
A ordem de pessoas é algumas vezes considerada como surpreendente, e alguns crentes escrupulosos insistem em corrigir Paulo, colocando o amor de Deus antes da graça do Senhor Jesus Cristo, quando pronunciam esta bênção. Contudo, muito se pode dizer quanto ao fato de a experiência cristã começar com a graça redentora de Cristo e que é através dessa graça que ficamos sabendo do amor do Pai e experimentamos a comunhão do Espírito Santo. Todavia, é possível que um fator de peso teológico muito menor tenha dado origem a esta forma para a bênção. A maior parte das cartas de Paulo, inclusive 1 Coríntios, se encerra com a bênção simples: “A graça do Senhor Jesus seja convosco”. Seria bem apropriado que Paulo encerrasse esta carta da maneira usual, pois, como ele mesmo aprendera da mais profunda experiência, a graça de Cristo é suficiente para qualquer pessoa e para todos.
No entanto, Paulo estava escrevendo a uma igreja que tinha tido uma desavença séria com ele, fora grandemente contenciosa e se recusara a cooperar com as outras igrejas, no afã de aliviar a pobreza dos irmãos de Jerusalém. Eles precisavam da graça do Senhor Jesus, mas também de uma nova visão do amor do Pai e disposição para abrir as suas vidas em reação positiva para com este amor. Porém, ainda mais do que isto: era uma igreja dilacerada por facções, cujos membros se haviam alinhado contenciosamente com vários apóstolos e até contra apóstolos (1 Cor. 1.12). Em certo ponto eles rejeitaram a autoridade de Paulo, e, mediante adesão a “superapóstolos” heréticos, estavam correndo o perigo de cortar totalmente as relações com o restante das igrejas de Cristo. Se havia uma igreja que necessitava aprender de novo o significado da comunhão do Espírito Santo, era esta - e não apenas o seu significado, mas a sua realidade.
Semelhantemente, a bênção que Paulo normalmente pronunciava havia-se expandido, tornando-se uma bênção de pertinência extraordinária para a igreja a que havia sido dirigida. Ela continua poderosamente importante para as congregações de Cristo hoje em dia. Os homens ainda necessitam conhecer a graça que se curva para erguê-los do inferno para o céu, o amor do Pai, que não poupou nem mesmo o seu único Filho nem a si mesmo, e ainda dá as boas-vindas aos filhos pródigos, e a comunhão do Espírito, que congrega os filhos separados em uma só família em Cristo.


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