LIÇÃO - OS PERIGOS DOS DESVIOS ESPIRITUAIS - 2 / 2º BIM - 2010

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Lição – 2 (CPAD)
Os perigos do Desvio Espiritual
11 de abril de 2010
2° trimestre



Caro professor de EBD.
Se sua Igreja adota as revistas da CPAD, desejamos que o conteúdo disponibilizado neste blog, possa auxiliá-lo no preparo de sua aula.
É um blog recém-criado, e que gradativamente, seu conteúdo será enriquecido, para que possa tornar-se uma ferramenta poderosa de auxílio aos professores de Escolas Bíblias Dominicais ou Sabatinais, no Brasil e em outros países cuja trabalho missionário adotam as revistas da CPAD.
Em mais de trinta anos participando ativamente em todas as esferas da EBD, pude observar que noventa e cinco por cento dos professores tinham dificuldades no preparo de suas aulas por não disporem de conteúdos paralelos de pesquisa, tais como: Dicionários, Enciclopédias, Bíblias Comentadas, livros de Comentários Bíblicos, livros de Teologia Sistemática ou mesmo livros que comentam o texto bíblico com base nos princípios hermenêuticos e exegéticos.
O professor de EBD deve, em uma atitude ativa, dinâmica e progressiva, desenvolver o hábito de leitura.
E isso não restringe somente a leitura da Bíblia. Um bom professor de EBD deve, gradativamente, ir compondo sua biblioteca com os tipos de livros citados acima, bem como, livros nas áreas de: liderança, comportamento, relacionamentos, literatura romanesca (nacionais e estrangeiras), psicologia, ciência, história e geografia etc.
Nenhum professor deve exigir, de si mesmo, o domínio total nessas áreas do conhecimento. Basta tão somente conhecê-las, e isso, só se consegue por meio de leitura. Pois quando somadas ao conhecimento provindo do estuda da Bíblia, o Espírito Santo, proporcionará aos seus alunos uma aula enriquecedora, que irá ajudá-los nas transformações do cotidiano de suas vidas.
Nossa intenção não é preparar um modelo ou modelos de aula para serem usados, nem tão pouco, produzir o desenvolvimento do conteúdo da lição tópico por tópico, como são apresentados em todos os blogs e sites, dos mais aos menos renomados, que intencionam ajudar o professor de EBD. Ingenuamente, esses modelos de aula cria um engessamento intelectual no professor, pois o mesmo fica limitado ao que lhe foi apresentado como “excelência de aula”.
Nosso propósito maior é disponibilizar partes de textos, devidamente identificada sua autoria, para que o professor, com base nesses conteúdos, que talvez não tenha acesso por não possuir tais livros, possa, ele mesmo, preparar sua aula.
Com o EBD WEB MASTER o professor fundamentará melhor a sua aula ao contextualizar o que esta sendo tomado como tema da lição, com os artigos disponibilizados no EBD WEB MASTER e com a aplicação da transversalidade que está sendo dada à passagem bíblica.
Nosso blog se tornará a maior biblioteca virtual de pesquisa para lições da EBD. Com essa iniciativa estamos dando início a um trabalho pioneiro nessa área.
O professor verá, que ao final de um ano, após ter adotado o EBD WEB MASTER como ferramenta principal de auxílio no preparo de suas aulas, o quanto foi útil no crescimento pessoal, de sua classe, e por extensão, também de sua Igreja.
Esse blog crescerá de forma contínua, porém gradativa. Nosso objetivo maior é poder, o mais que possível, disponibilizar artigos que sirvam de auxílio ao professor.
Escreva para nós. Envie sugestões, comentários e críticas. Estamos aberto ao diálogo.

Ore e divulgue essa iniciativa.

Kemuel Carvalho
Professor de EBD



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para o e-mail (ebdwebmaster@hotmail.com) para que tão
logo postemos o conteúdo, possamos informar para você.  




SEÇÃO I

Nessa Seção, para uma melhor compreensão do texto bíblico, e para elucidação de possíveis dificuldades, que por ventura, o professor venha a encontrar no campo semântico ou lingüístico do texto bíblico encontrado na LEITURA BÍBLICA, apresentaremos o mesmo texto, nas quatro versões mais usadas no meio cristão, que são: Versão Revista e Corrigida (ARC), Versão Revista e Atualizada (ARA), Versão Bíblia na Linguagem de Hoje (BLH) e a Nova Versão Internacional (NVI).
O professor verá o quanto a leitura paralela desses textos irá proporcionar uma melhor compreensão do que esta sendo comentado nos tópicos da lição.



LEITURA BÍBLICA
Revista: Jeremias 2.1-7,12,13
Estudo:  Jeremias 2.1-37


OBSERVAÇÃO:
Na seção Artigos disponibilizamos alguns artigos de aspecto introdutório ou mesmo geral do Livro de Jeremias. É importante a leitura desses artigos para que o professor tenha uma visão panorâmica
dos aspectos que envolve todo o conteúdo do livro.



Versão Revista e Corrigida – ARC

1     E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
2     Vai e clama aos ouvidos de Jerusalém, dizendo: Assim diz o SENHOR: Lembro-me de ti, da beneficência da tua mocidade e do amor dos teus desposórios, quando andavas após mim no deserto, numa terra que se não semeava.
3       Então, Israel era santidade para o SENHOR e era as primícias da sua novidade; todos os que o devoravam eram tidos por culpados; o mal vinha sobre eles, diz o SENHOR.
4     Ouvi a palavra do SENHOR, ó casa de Jacó e todas as famílias da casa de Israel.
5     Assim diz o SENHOR: Que injustiça acharam vossos pais em mim, para se afastarem de mim, indo após a vaidade e tornando-se levianos?
6     E não disseram: Onde está o SENHOR, que nos fez subir da terra do Egito? Que nos guiou através do deserto, por uma terra de ermos e de covas, por uma terra de sequidão e sombra de morte, por uma terra em que ninguém transitava, e na qual não morava homem algum.
7     E eu vos introduzi numa terra fértil, para comerdes o seu fruto e o seu bem; mas, quando nela entrastes, contaminastes a minha terra e da minha herança fizestes uma abominação.
8     Os sacerdotes não disseram: Onde está o SENHOR? E os que tratavam da lei não me conheceram, e os pastores prevaricaram contra mim, e os profetas profetizaram por Baal e andaram após o que é de nenhum proveito.
9     Portanto, ainda pleitearei convosco, diz o SENHOR; e até com os filhos de vossos filhos pleitearei.
10   Porquanto, passai às ilhas de Quitim e vede; e enviai a Quedar, e atentai bem, e vede se sucedeu coisa semelhante.
11   Houve alguma nação que trocasse os seus deuses, posto não serem deuses? Todavia, o meu povo trocou a sua glória pelo que é de nenhum proveito.
12   Espantai-vos disto, ó céus, e horrorizai-vos! Ficai verdadeiramente desolados, diz o SENHOR.
13   Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas.

Versão Revista e Atualizada – ARA

1     A mim me veio a palavra do SENHOR, dizendo:
2     Vai e clama aos ouvidos de Jerusalém: Assim diz o SENHOR: Lembro-me de ti, da tua afeição quando eras jovem, e do teu amor quando noiva, e de como me seguias no deserto, numa terra em que se não semeia.
3     Então, Israel era consagrado ao SENHOR e era as primícias da sua colheita; todos os que o devoraram se faziam culpados; o mal vinha sobre eles, diz o SENHOR.
4     Ouvi a palavra do SENHOR, ó casa de Jacó e todas as famílias da casa de Israel.
5     Assim diz o SENHOR: Que injustiça acharam vossos pais em mim, para de mim se afastarem, indo após a nulidade dos ídolos e se tornando nulos eles mesmos,
6     e sem perguntarem: Onde está o SENHOR, que nos fez subir da terra do Egito? Que nos guiou através do deserto, por uma terra de ermos e de covas, por uma terra de sequidão e sombra de morte, por uma terra em que ninguém transitava e na qual não morava homem algum?
7     Eu vos introduzi numa terra fértil, para que comêsseis o seu fruto e o seu bem; mas, depois de terdes entrado nela, vós a contaminastes e da minha herança fizestes abominação.
8     Os sacerdotes não disseram: Onde está o SENHOR? E os que tratavam da lei não me conheceram, os pastores prevaricaram contra mim, os profetas profetizaram por Baal e andaram atrás de coisas de nenhum proveito.
9     Portanto, ainda pleitearei convosco, diz o SENHOR, e até com os filhos de vossos filhos pleitearei.
10   Passai às terras do mar de Chipre e vede; mandai mensageiros a Quedar, e atentai bem, e vede se jamais sucedeu coisa semelhante.
11   Houve alguma nação que trocasse os seus deuses, posto que não eram deuses? Todavia, o meu povo trocou a sua Glória por aquilo que é de nenhum proveito.
12   Espantai-vos disto, ó céus, e horrorizai-vos! Ficai estupefatos, diz o SENHOR.
13   Porque dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas.

Nova Versão Internacional – NVI

1     A palavra do Senhor veio a mim:
2     “Vá proclamar aos ouvidos de Jerusalém: “Eu me lembro de sua fidelidade quando você era jovem:como noiva, você me amava e me seguia pelo deserto,por uma terra não semeada.
3     Israel, meu povo, era santo para o Senhor, os primeiros frutos de sua colheita; todos os que o devoravam eram considerados culpados, e a desgraça os alcançava”,declara o Senhor.
4     Ouça a palavra do Senhor, ó comunidade de Jacó, todos os clãs da comunidade de Israel.
5     Assim diz o Senhor: “Que falta os seus antepassados encontraram em mim, para que me deixassem e se afastassem de mim? Eles seguiram ídolos sem valor, tornando-se eles próprios sem valor.
6     Eles não perguntaram: ‘Onde está o Senhor, que nos trouxe do Egito e nos conduziu pelo deserto, por uma terra árida e cheia de covas,terra de seca e de trevas, terra pela qual ninguém passa e onde ninguém vive?’
7     Eu trouxe vocês a uma terra fértil, para que comessem dos seus frutos e dos seus bons produtos. Entretanto, vocês contaminaram a minha terra; tornaram a minha herança repugnante.
8     Os sacerdotes não perguntavam pelo Senhor; os intérpretes da lei não me conheciam, e os líderes do povo se rebelaram contra mim. Os profetas profetizavam em nome de Baal, seguindo deuses inúteis.
9     “Por isso, eu ainda faço denúncias contra vocês”, diz o Senhor,“e farei denúncias contra os seus descendentes.
10   Atravessem o mar até o litoral de Chipre e vejam; mandem observadores a Quedar e reparem de perto; e vejam se alguma vez aconteceu algo assim:
11   alguma nação já trocou os seus deuses? E eles nem sequer são deuses! Mas o meu povo trocou a sua Glória por deuses inúteis.
12   Espantem-se diante disso, ó céus! Fiquem horrorizados e abismados”, diz o Senhor.
13   “O meu povo cometeu dois crimes: eles me abandonaram, a mim, a fonte de água viva; e cavaram as suas próprias cisternas,cisternas rachadas que não retêm água.

Versão Linguagem de Hoje – BLH

1     O Deus Eterno me mandou
2     entregar a todos os moradores de Jerusalém a seguinte mensagem: "Meu povo, eu me lembro de quando você era jovem. Como você era fiel e como me amava quando éramos recém-casados! Lembro como me seguiu pelo deserto, por uma terra onde não havia plantações.
3     Povo de Israel, você era só meu; era sagrado como o trigo que é colhido primeiro e oferecido a mim. Eu castiguei todos os que fizeram você sofrer e fiz cair o mal sobre eles. Eu, o Deus Eterno, falei."
4     Descendentes de Jacó e famílias do povo de Israel, escutem a mensagem do Deus Eterno.
5     Ele diz: "Que defeito os seus antepassados acharam em mim para me abandonarem? Adoraram ídolos inúteis e eles mesmos se tornaram inúteis.
6     Eles me desprezaram; no entanto, fui eu quem os tirou do Egito. Eu os levei pelo deserto, terra de montanhas e de precipícios; terra seca e perigosa, por onde ninguém viaja e onde ninguém mora.
7     Eu os trouxe para uma terra boa a fim de que se alimentassem das suas colheitas e do que ela tem de melhor. Mas eles vieram e mancharam a minha terra; fizeram com que a terra que lhes dei virasse um lugar nojento.
8     Os sacerdotes não perguntaram: Os que lidam com a lei não quiseram saber de mim. Os governadores se revoltaram contra mim. Os profetas falaram em nome do deus Baal e adoraram ídolos que não podem ajudar ninguém."
9     O Deus Eterno diz: "Assim eu vou novamente fazer uma acusação contra o meu povo. Vou apresentar a minha causa contra vocês e os seus descendentes. Sou eu, o Deus Eterno, quem está falando.
10   Vão até a ilha de Chipre, no Oeste, e vejam; mandem alguém a Quedar, no Leste, e prestem bastante atenção, pois uma coisa como esta nunca aconteceu antes.
11   Nenhuma outra nação trocou os seus deuses por outros que nem eram deuses de verdade. Mas o meu povo me trocou, trocou a mim, o seu Deus glorioso, por deuses que não podem ajudá-los.
12   Por isso, eu, o Deus Eterno, vou mandar que o céu trema de horror e que fique cheio de pavor e de espanto.
13   O meu povo cometeu dois pecados: eles abandonaram a mim, a fonte de água fresca; e cavaram cisternas, cisternas rachadas que deixam vazar a água da chuva."



SEÇÃO II

Nessa Seção, apresentamos alguns comentários extraídos de Bíblias Comentadas. Muitas vezes, os comentários podem não seguirem a mesma linha de raciocínio, isso porque, dentro da visão geral teológica da interpretação aceitável para o texto, estão as marcas dogmáticas e religiosas seguidas por cada comentarista.
E isso é bom para o professor de EBD, pois ele passar a tomar conhecimento de possíveis interpretações dadas para um mesmo texto. Cabe ao professor, apresentá-las, se necessário, porém, posicionando-se por aquela que ele considera mais próxima da linha dogmática seguida por sua Igreja.




OBSERVAÇÃO:
Na seção Artigos disponibilizamos alguns artigos de aspecto introdutório ou mesmo geral do Livro de Jeremias. É importante a leitura desses artigos para que o professor tenha uma visão panorâmica
dos aspectos que envolve todo o conteúdo do livro.



COMENTÁRIO, EXTRAÍDO NA ÍNTEGRA, DA
“BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL”

Em construção.


COMENTÁRIO, EXTRAÍDO NA ÍNTEGRA, DA
“BÍBLIA DE ESTUDO DE GENEBRA”

Em construção.


COMENTÁRIO, EXTRAÍDO NA ÍNTEGRA, DA
“BÍBLIA VIDA NOVA”

Em construção.


COMENTÁRIO, EXTRAÍDO NA ÍNTEGRA, DA
“BÍBLIA DE JERUSALÉM”

Em construção.




SEÇÃO III

Nessa Seção, apresentamos alguns comentários bíblicos extraídos de Enciclopédias de Comentários Bíblicos e Livros especializados nas áreas de hermenêutica e exegese bíblica.
A leitura do conteúdo aqui apresentado proporcionará ao professor de EBD, a imersão na riqueza dos conhecimentos apresentados por seus autores, quando trata do contexto do texto, ou das especificidades de uma expressão ou palavra.




COMENTÁRIO, EXTRAÍDO NA ÍNTEGRA, DA ENCICLOPÉDIA
O NOVO COMENTÁRIO DA BÍBLIA”

Em construção.


COMENTÁRIO, EXTRAÍDO NA ÍNTEGRA, DO LIVRO
“JEREMIAS E LAMENTAÇÕES – INTRODUÇÃO E COMENTÁRIO”
DE R. K. HARRISON, DA EDITORA MUNDO CRISTÃ – SÉRIE CULTURA BÍBLICA


Lembrança do antigo amor de Israel (2:1-13)

Este capítulo é um sermão poderoso sobre a apostasia, e foi entregue com todo o zelo de um evangelista, como evidenciam o poder e a vitalida­de da linguagem. Não é fácil datá-lo com precisão, mas parece ser dos primeiros tempos do ministério de Jeremias (pela menção do Egito em 2:16, 18, 36). As figuras usadas são muito parecidas com as de Oséias, enquanto o chamado ao arrependimento está ancorado firmemente no transfundo da aliança histórica com suas obrigações. Este discurso é uma ilustração que ilumina a maneira com que Deus falou ao Israel antigo pelos profetas. Não é uma apresentação detalhada e ordenada de fatos históricos como a faria um erudito ou historiador, mas um apelo apaixonado, se bem que controlado, à nação para que volte as costas à idolatria e se curve dian­te das exigências do Deus dos seus ancestrais. A natureza retórica do capí­tulo é indicada por coisas como a mudança de métrica (2:4-13) e da pes­soa do discurso (compare 2:2s com 14-19 e 4:13, especialmente no TM(Texto Massorético)). Este discurso, sem dúvida, fazia parte do rolo original escrito por Baruque (36:32), que tinha por objetivo mostrar como Jeremias tinha predito a destruição de Jerusalém com perseverança, mesmo nos dias relativamente tranqüilos que seguiram à reforma de Josias.

2.1
Jeremias não diz como a palavra veio, mas deixa transparecer que a mensagem profética é produto da comunhão espiritual íntima que ele tem com Deus. As palavras divinas saem da boca do profeta, e a personalidade do pregador santificado nada faz para invalidar ou depreciar a natureza divina fundamental do pronunciamento. Faz parte vital do plano de Deus para a salvação das pessoas que a palavra se torne carne, seja no Cristo encarnado (Jo 1:14) ou no crente que prega a palavra.

2.2
Contrastando com sua apostasia atual, Israel um dia confiava em Deus, quando era sua noiva. A figura é a mesma usada por Oséias, e inclui o termo característico hesed, difícil de traduzir por uma só palavra no por­tuguês (no caso, amor). Ela descreve geralmente a bondade e a graça de Deus para com as pessoas, ou ações correspondentes entre pessoas. O rela­cionamento do Sinai é retratado em termos de matrimônio em que a noiva segue seu marido confiantemente para uma terra estranha (Os 2:2-20).

2.3
A antiga lei das primícias (Lv 23:10, 17, Dt 26:1-11) destinava a Deus uma porção da colheita que amadurecesse primeiro. Esta oferta era um reconhecimento grato de que o que a terra produz vem de Deus, e era um sinal de generosidade que acompanhava a época da colheita. Israel era a porção de Deus da colheita das nações, porém por negligenciar as responsabilidades da aliança, seu testemunho à sociedade da época tinha sido virtualmente anulado, impedindo que Deus completasse a colheita. Por ser a porção que pertencia ao Senhor, como o eram as primícias, (Êx 23:19, Nm 18:12s, etc.) Israel era protegido por Deus, e quem lhe fizesse mal seria punido. Tiago usa o termo "primícias" para a igreja cristã em 1:18, que como novo Israel de Deus (Fp 3:3) passou a ser herdeira da honra que pertencia ao antigo Israel.

2.4-5
A ingratidão e a estupidez da nação ficam evidentes. Israel tinha sido dignificado de maneira única se tornando a noiva de Deus, e já tinha esquecido seu primeiro amor (2:32, 3:21). A pergunta Que injustiça acha­ram vossos pais em mim? na verdade é uma negação enfática. Na frase indo após a nulidade o substantivo hahebel e seu respectivo verbo provavelmen­te constituem um jogo de palavras com o nome "Baal", principal divindade do culto cananita. No Deuteronômio e em tratados internacionais seculares do Oriente Próximo a frase "ir após" significa "servir como vassalo".

2.6
Deus desafia Israel que mostre como ele quebrou alguma promessa desde o tempo do deserto. Longe de ser infiel à sua palavra, ele os tinha guiado seguros por terreno desolado e perigoso, guardando-os e trazendo­-os à terra prometida. Jeremias sublinha a confiabilidade e permanência das promessas de Deus (2Co 1:20), o que implica em que a única causa da ingratidão nacional é o esquecimento dos israelitas.

2.7
A beleza natural da Palestina foi logo poluída pela permissividade quanto ao culto pagão. A terra fértil, literalmente "terra do Carmelo", lembra os ouvintes da abundante produtividade daquela área (Am 1:2, 9:3, Mq 7:14, Na 1:4).

2.8
Quatro classes de líderes são responsabilizadas pela idolatria e pela apostasia. Se os sacerdotes não tivessem negligenciado suas obrigações, a crise espiritual por que passava a nação nunca teria surgido. Sua função era reconciliar as pessoas com Deus por meio dos rituais dos sacrifícios, mas a religião cananita tinha exercido uma influência tão corrompedora sobre a antiga fé hebraica que eles se tinham tomado mornos, indiferentes e irres­ponsáveis. Os que tratavam da lei, sacerdotes e levitas responsáveis por en­sinar ao povo os juízos de Deus, estavam sendo castigados por não terem experiência própria com o Senhor. Em 31:34 o profeta promete que na nova aliança o conhecimento de Deus virá da experiência própria com ele. Um conhecimento consciente de um Deus que salva e guarda, como o pre­gado por Jeremias, forma o âmago da fé cristã (2Tm 1:12, Ef 3:19, etc). Os pastores (governantes seculares, IBB) eram tão desobedientes e repro­váveis como os sacerdotes, de quem sem dúvida eles estavam seguindo o exemplo, e os profetas da época recebiam sua inspiração de Baal, não do Senhor Deus de Israel. Apesar de reformas periódicas o culto nacional ti­nha se adaptado em grande parte aos ritos depravados de Canaã.Durante todo seu ministério, Jeremias esteve em conflito com os profetas falsos, cujas ligações idólatras no fim se evidenciaram sem proveito, quando ficou claro que suas predições eram totalmente contrárias à vontade de Deus ex­pressa nos acontecimentos. A expressão ilû do TM (coisas de ne­nhum proveito) pode ser um jogo de palavras sarcástico com o nome Baal.

2.9
Esta situação infeliz faz com que Deus apresente uma denúncia for­mal contra seu povo. O termo legal ryb (contenda, IBB) representa um queixoso apresentando seu caso na justiça (Jó 33:13). O veredicto, inquestionavelmente, seria desfavorável a Israel, já que a nação repetidamente tinha violado as obrigações que a aliança lhe impunha. Tratados de soberania do antigo Oriente Próximo previam penalidades pesadas para estes casos, de modo que o povo de Judá não escaparia sem sofrer as implicações da situação. Observamos como o futuro está fazendo parte da passagem, pela referência aos descendentes da geração de Jeremias. Se eles persistirem na apostasia dos seus pais, também serão punidos.

2.10-11
Jeremias pede ao povo que se lembre que nenhuma nação da antiguidade jamais mudou seus deuses, muito menos por algum objeto de veneração que fosse comprovadamente menos eficiente. Isto valia para as ilhas ocidentais, que derivavam seu nome Quitim (IBB) da colônia fenícia de Quítion em Chipre, e também para os povos do Oriente, representados aqui por Quedar, uma tribo árabe que vivia no deserto a leste da Palestina (49:28s). Os povos pagãos permaneciam fiéis às suas divindades nacionais apesar de tudo, porém Israel tinha abandonado o Deus vivo, sua glória, por um objeto de adoração completamente inútil. Belô  yô  yôíl (por aquilo que é de nenhum proveito) é outro jogo de palavra com o nome Baal.

2.12-13
Com um comportamento sacrílego como este, os céus, convo­cados como testemunhas, se horrorizaram, porque eles obedeciam a todas as leis do Criador. Compare Dt 32:1 e Is 1:2, onde os céus também são testemunhas. Os pagãos somente são culpados de idolatria, porém a nação da aliança transgrediu em duas coisas graves: abandonar o Deus vivo e escolher servir a ídolos. Deus aqui é chamado de manancial de águas vivas, ou seja, uma fonte ou riacho que abastecia uma cisterna. Cristo dá esta mesma "água viva” a todos que o recebem, para que seja uma fonte que jorre para a vida eterna (Jo 4:10-14, Ap 21:6). Ao invés de aceitarem a salvação ba­seada na graça divina, os israelitas preferiram confiar em obra de mãos hu­manas. Tinham esculpido para si ídolos sem valor (veja 1:16), que no fun­do eram incapazes de suprir suas profundas necessidades espirituais, do mesmo modo que uma cisterna rachada, que deixava seu conteúdo fugir, tinha pouco uso para manter a vida.


A infidelidade de Israel (2:14-30)

2.14
Com o destino do reino do norte em mente, Jeremias diz que os israelitas, todos nascidos livres, em breve seriam escravos. Ele se admira por que Israel esteve por tanto tempo à mercê do voraz leão assírio, sendo propriedade de Deus. O servo nascido em casa o seu mestre era sua propriedade pessoal, em contraste com o escravo comprado.

2.15-16
Jeremias pensa na grande ameaça que os assírios foram à so­brevivência da nação (Is 5:29), provocando inclusive a queda do reino do norte em 722 a.C. Israel estava uma desolação, uma advertência do que aconteceria a Judá. Por coincidência depois da queda de Samaria os leões asiáticos daquela área se multiplicaram muito, a ponto de constituírem um perigo à vida (2Rs 17:25). Com esta alusão dupla Jeremias mostra que Deus pode castigar um povo rebelde e teimoso através de outras nações e da natureza. Judá também não poderia esperar muita ajuda do Egito, por­que os egípcios pérfidos não teriam escrúpulo em despojar e roubar o país em crise (2Rs 23:35), em vez de lutar em sua causa. Mênfis (também cha­mada de Nofe), situada perto do atual Cairo, era a capital do Baixo Egito. Tafnes (Tapanes, IBB) era a Dafne dos gregos (Tel Defne), no nordeste do Egito (43:7, 44:1, 46:14). De acordo com o TM os egípcios "pastaram" (yir±ûk) na cabeça dos judeus. A mesma palavra, com outras vogais (yerõûk "eles fraturaram"), pode ser lida quebraram (IBB), ou rasparam (ye±ãrûk, "eles expõem"), com navalha. A primeira e terceira traduções transmitem a idéia de vergonha (2Rs 2:23, 48:45), ou luto (Is 15:2, 22:12), que tem por sinal a calvície. Não importa quão atraente seja a perspectiva de aliança com o Egito, Judá sofrerá se a concretizar.

2.17
A causa dos problemas aparece aqui com toda a franqueza. Deus não pode ser culpado pelos sofrimentos da nação, porque estes são conseqüência da desobediência intencional. Mesmo quando tinha o Deus vivo como guia da sua vida o povo preferiu esquecer-se dele e ir atrás de ídolos sem valor. Jeremias dá uma lição de importância espiritual permanente, que é que devemos a maior parte do que sofremos na vida à ignorância ou à estupidez, ou a ambas. O Novo Testamento é tão insistente quanto o An­tigo em exortar o crente a viver em retidão (1Tm 6:11, 2Tm 2:22).

2.18
Jeremias repete o que Isaías já dissera (Is 30:15), que é inútil re­correr ao Egito. O crente deve confiar somente em Deus, mas o profeta sa­bia que esta advertência não sensibilizava o ouvido das pessoas. Deus tinha tirado seu povo do Egito, retomar para lá em qualquer sentido seria um movimento na direção totalmente errada. Recaída é um tema que se re­pete em Jeremias (2:19; 3:6-8, 11s, 14-22; 5:6; 31:22, etc), como tam­bém em Oséias (Os 4:16, 11:7, 14:4). Ela é um perigo para o cristão (Hb 6:4-6), que é exortado a crescer até à maturidade espiritual (Mt 5:48, 2Co 13:9, Ef 4:13, Hb 6:1, etc), e evitar os velhos hábitos do pecado. A referência ao rio Nilo, um dos deuses mais adorados pelos egípcios, é sar­cástica (Sihor, o termo que os hebreus usavam para Nilo, significa negro, turvo). Nilo e Eufrates representam os impérios egípcios e assírio, e beber das suas águas é uma metáfora para ajustamento voluntário a modos de vida pagãos, por parte dos judeus (Is 8:6s). Esta profecia deve ter sido proferida antes de 612 a.C., porque a Assíria ainda é mencionada como potência mundial. Jeremias tinha obviamente em mente incidentes como os de 2Rs 15:19, 16:7, 17:3 e acusações de Oséias (Os 5:13, 7:11, 8:9, etc). Jeremias é, dos profetas, o que mais cita seus antecessores.

2.19
Nem Egito nem Assíria tinham palavra ativa quanto ao desastre iminente, apesar de servirem de instrumentos de diversas maneiras, pois a calamidade tinha sido decretada por Deus como castigo pelo pecado da na­ção. O profeta mostra que atitudes espirituais implicam em conseqüências confirmadas pelos acontecimentos (Os 8:7). A maldade de Judá, expressa pelas alianças com os vizinhos, somente trará problemas, e não a segurança esperada, porque tanto o Egito como a Assíria costumavam saquear outros povos. Jeremias enfatiza que a apostasia custa inevitavelmente um preço alto, e os acontecimentos que se seguiram sublinharam esta afirmação. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria (Pv 9:10), mas Judá há muito tinha abandonado esta graça salvadora. Em sua burrice o país dependia de mortais traiçoeiros, e não do Deus imutável.

2.20
A arrogância e a teimosia de Judá são expostas com clareza impiedo­sa. Há muito a nação tinha abandonado os ideais morais e espirituais elevados da aliança, para tolerar impúdicos ritos de fertilidade nos santuários locais, si­tuados no alto dos morros como que para estar mais perto da divindade cós­mica Baal e de outros integrantes celestiais do panteão. O povo de Judá estava tão seduzido pela religião cananita que se recusava a cumprir por mais tempo as obrigações da aliança do Sinai, preferindo as coisas da carne à vida do espí­rito. Todas as pessoas têm de se decidir nesta questão, e Jeremias deixa isto tão claro quanto o Novo Testamento (Mt 7:14, Tg 4:4, etc).

2.21
Como caíram os poderosos! Falando como Isaías em 5:1-7 Je­remias mostra como a nação prometedora tinha se deteriorado, apesar de todos os esforços para prevenir isto. O ramo enxertado tinha se adaptado à variedade brava original, e por esta razão o Marido celestial não teve outra opção se não arrancá-la. A vide excelente literalmente é "vinho Sore­que", de uva vermelha de alta qualidade que cresce no Uadi Al-Sarar, entre Jerusalém e o Mediterrâneo.

2.22
O comportamento deixa suas marcas na personalidade, que não podem ser erradicadas da noite para o dia. A iniqüidade suja de Judá está tão encardida que nenhuma quantidade de detergente pode removê-la. O mérito supremo da obra de Cristo no Calvário é remover a mácula negra da iniqüidade (1Jo 1:7).

2.23-25
Talvez para se justificar, o povo estava apontando o dedo para o Templo esplêndido de Salomão com seus rituais, como evidência da sua piedade. Evitaram, todavia, com cuidado, mencionar sua inclinação latente pelos depravados ritos de fertilidade de Baal ou os cultos a Moloque no va­le de Ben-Hinom. Jeremias ilustra os seus excessos sexuais nos santuários pagãos com uma dromedária nova, correndo de um lado para outro no deserto procurando macho que a satisfaça. O Povo Es­colhido de Deus não deveria ser como animais, dedicando-se a prazeres fí­sicos e mudando a verdade de Deus em mentira (Rm 1:24-26). A figura da jumenta selvagem tipifica uma natureza ainda não domesticada (Gn 16:12, Jó 11:12). O animal sorve o vento como que para detectar o macho. De maneira semelhante Judá está procurando ativamente incentivar idolatria e luxúria, não esperando passivamente por elas. O povo é solenemente ad­vertido a não correr atrás de deuses falsos até gastar as sandálias, porque esta idolatria será castigada por meio de uma viagem sem sapatos e sem água para o cativeiro. Apesar desta advertência, Jeremias sabe como Ju­dá está perdidamente apaixonado pelo culto cananita pagão.

2.26-27
Novamente os quatro principais grupos sociais, responsabilizados anteriormente pela crise espiritual de Judá, são acusados. Assim como um ladrão profissional pego em flagrante fica embaraçado, Israel ficará profundamente envergonhado no ápice da crise, quando compre­ender como é fútil confiar em paus e pedras. Jeremias não consegue compreender como o Povo Escolhido pode adorar ídolos tão desavergo­nhadamente, e emprega o termo ''vergonha'' para descrever o que ele acha da veneração de Baal (3:24, etc; Os 9:10). Uma grande necessida­de de uma verdadeira experiência de conversão está evidente no povo. Jeremias descreve uma situação comum em muitas épocas: apóstatas exigem ajuda divina imediata e eficiente quando vem a calamidade. Des­ta forma eles confirmam, sem querer, que Deus existe e pode ajudá-los mesmo quando eles não o merecem. Deus em seu amor e misericórdia pensou também em pessoas assim (Lc 6:35).

2.28-29
A esta altura o profeta é amargamente irônico. "Com tantos deuses que vocês fizeram para suas cidades, sem dúvida vocês acharão um ou mais que livre os seus adoradores da sua angústia", ele está dizendo. Transparecem aqui os muitos deuses e muitos senhores (1Co 8:5) da so­ciedade judaica do tempo de Jeremias. Mesmo reclamando de tratamento injusto, o povo mereceu seu castigo prometido, porque sua rebelião contra Deus era a essência do seu pecado. Judá foi considerado culpado do mes­mo pecado de Israel, e por isto tem de compartilhar da sentença de Israel. A lealdade, constância e fidelidade de Deus às obrigações, da aliança são constrastadas continuamente com o comportamento pérfido e teimoso do Povo Escolhido.

2.30
O Pai celestial tinha castigado os filhos que amava (Hb 12:6), mas em vão. Suas testemunhas tinham sido silenciadas cruelmente; talvez o pro­feta esteja fazendo referência a Manassés (2Rs 21:16; Ne 9:26). Cristo também focalizou esta resistência contra a verdadeira palavra de Deus em Jerusalém (Mt 23:37, Lc 13:34, At 7:52), e teve o mesmo destino que os profetas experimentaram de diversas maneiras.


Anúncio do castigo da nação (2:31-37)

2.31
Jeremias discute com seus compatriotas para que ouçam as adver­tências de Deus enquanto ainda há tempo. Esta frase parece equivaler à expressão "raça de víboras" de João Batista (Mt 3:7, Lc 3:7) e Jesus (Mt 12:34, 23:33). Deus tinha tirado seu povo do deserto, mostrando que não tinha a natureza inóspita deste, mas que na verdade era uma fonte de triunfo, esperança e confiança para Israel. Israel transformou promessas abundantes em profunda miséria, com sua rebelião e apostasia. Querendo ser livre das responsabilidades da aliança Israel tinha se escravizado à licen­ciosidade, com suas práticas idólatras, e ainda tinha de aprender que a ver­dadeira liberdade é servir a Deus (Rm 8:2, Gl 15:1, etc).

2.32
O impossível aconteceu. Jeremias acha incrível que uma noiva se esqueça do seu cinto, mas Israel, noiva de Deus, tinha esquecido aquele que tinha uma posição única no mundo, pela aliança do Sinai O cinto era uma faixa ou fita que identificava a noiva como casada (Is 3:20). O Novo Testamento alude às vezes à igreja cristã, o novo Israel, como esposa de Cristo (2Co 11:2; Ef 5:25-27, 31s; Ap 19:7). Neste caso Jesus é o noi­vo divino que escolheu sua noiva em amor expiador, estabelecendo com ela uma aliança.

2.33-34
As práticas imorais do culto a Baal eram suficientemente atraentes para encorajar o povo a mais licenciosidade. Com um planeja­mento eficiente ele conseguia cumprir melhor suas más intenções, e se tor­nou perito em hábitos perversos. Tão perito que podia até ensinar a prosti­tutas profissionais experientes novas técnicas em seu comércio nefasto. E comportamento negativo sempre envolve pessoas inocentes; prova disto é Cristo, que levou sobre si os pecados da humanidade (1Pe 2:20-24). As versões Siríaca e LXX trazem "nas tuas mãos" onde o TM tem "nas orlas dos teus vestidos" no v. 34, o que somente implica em uma mudança con­sonantal mínima. Porém a idéia de vestidos sujos segue melhor o sentido do versículo anterior. O sangue tinha sido derramado ilegalmente, porque as vítimas não tinham sido flagradas no ato de roubar (irromper em); se não fosse este o caso, elas podiam ser mortas impunemente (Êx 22:2). As­sim, o povo não tem desculpa, e merece a cólera de Deus em abundância.

2.35
O povo, ao protestar inocência, convenientemente deixa de citar as atrocidades do tempo de Manassés. Parece que as reformas de Josias fo­ram de pouca duração, e as condenações deste versículo refletem a dureza e a devassidão do povo judeu, permanecendo idólatras no fundo do cora­ção. Esta é a acusação formal contra ele no julgamento, não a cumplicida­de externa _ com formas religiosas. O cristão também deve estar sempre atento às motivações pessoais, tendo em mente o tipo de Deus com quem tem a ver (Sl 94:11, 1Co 3:20, Hb 4:12s, etc).

2.36-37
O povo de Deus era cheio de caprichos; quebrou seu noivado com o Senhor, e agia na ilusão de que podia mudar seu rumo à vontade, impunemente. Não compreendia, em seus flertes políticos, que somente o Deus vivo é sempre firme, enquanto que nações como a Assíria e o Egito eram traiçoeiras e inconfiáveis. Com um pouco de reflexão Israel veria que estas duas nações só lhe tinham trazido humilhação e desespero, nunca prosperidade e bênção. Por isto Jeremias afirma sem permeios que se Judá esperar ajuda do Egito, voltará de lá com as mãos sobre a cabeça, cuidando de suas feridas e escondendo sua vergonha. Isto acontecerá porque Deus controla os eventos mundiais, com a intenção de punir seu povo rebelde.



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