LIÇÃO 11 - 14/03/10

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Características de um Autêntico Líder
Lição – 11 (CPAD)
14 de março de 2010
1° trimestre



Caro professor de EBD.
Se sua Igreja adota as revistas da CPAD, desejamos que o conteúdo disponibilizado neste blog, possa auxiliá-lo no preparo de sua aula.
É um blog recém-criado, e que gradativamente, seu conteúdo será enriquecido, para que possa tornar-se uma ferramenta poderosa de auxílio aos professores de Escolas Bíblias Dominicais ou Sabatinais.
Em mais de trinta anos participando ativamente em todas as esferas da EBD, pude observar que noventa e cinco por cento dos professores tinham dificuldades no preparo de suas aulas por não disporem de conteúdos paralelos de pesquisa, tais como: Dicionários, Enciclopédias, Bíblias Comentadas, livros de Comentários Bíblicos, livros de Teologia Sistemática ou mesmo livros que comentam o texto bíblico com base nos princípios hermenêuticos e exegéticos.
O professor de EBD deve, em uma atitude ativa, dinâmica e progressiva, desenvolver o hábito de leitura. E isso não restringe somente a leitura da Bíblia. Um bom professor de EBD deve, gradativamente, ir compondo sua biblioteca com os tipos de livros citados acima, bem como, livros nas áreas de: liderança, comportamento, relacionamentos, literatura romanesca (nacionais e estrangeiras), psicologia, ciência, história e geografia.
Nenhum professor deve exigir, de si mesmo, o domínio total nessas áreas do conhecimento. Basta tão somente conhecê-las, e isso, só se consegue por meio de leitura. Pois quando somadas ao conhecimento provindo do estuda da Bíblia, o Espírito Santo, proporcionará aos seus alunos uma aula enriquecedora, que irá ajudá-los nas transformações do cotidiano de suas vidas.
Nossa intenção não é preparar um modelo ou modelos de aula para serem usados, nem tão pouco, produzir o desenvolvimento do conteúdo da lição tópico por tópico, como são apresentados em todos os blogs e sites que intencionam ajudar o professor de EBD.
Nosso propósito maior é disponibilizar partes de textos, devidamente identificada sua autoria, para que o professor, com base nesses conteúdos, que talvez não tenha acesso por não possuir tais livros, possa, ele mesmo, preparar sua aula. Nosso blog se tornará a maior biblioteca virtual de pesquisa para lições da EBD. Com essa iniciativa estamos dando início a um trabalho pioneiro nessa área.
O professor verá, que ao final de um ano, após ter adotado a EBD WEB MASTER como ferramenta principal de auxílio no preparo de suas aulas, o quanto foi útil no crescimento pessoal, de sua classe, e por extensão, também de sua Igreja.
Esse blog crescerá de forma contínua, porém gradativa. Nosso objetivo maior é poder, o mais que possível, disponibilizar artigos que sirvam de auxílio ao professor.
Escreva para nós. Envie sugestões, comentários e críticas. Estamos aberto ao diálogo.

Ore e divulgue essa iniciativa.

Kemuel Carvalho
Professor de EBD



SEÇÃO I

Nessa Seção, para uma melhor compreensão do texto bíblico, e para elucidação de possíveis dificuldades, que por ventura, o professor venha a encontrar no campo semântico ou lingüístico do texto bíblico encontrado na LEITURA BÍBLICA, apresentaremos o mesmo texto, nas quatro versões mais usadas no meio cristão, que são: Versão Revista e Corrigida (ARC), Versão Revista e Atualizada (ARA), Versão Bíblia na Linguagem de Hoje (BLH) e a Nova Versão Internacional (NVI).
O professor verá o quanto a leitura paralela desses textos irá proporcionar uma melhor compreensão do que esta sendo comentado nos tópicos da lição.



LEITURA BÍBLICA
Revista: 2ª Co 10.12-16; 11.2,3,5,6
Estudo:  2ª Co 10.12-18; 11.1-15


Versão Revista e Corrigida – ARC
Capítulo 10
12   Porque não ousamos classificar-nos ou comparar-nos com alguns que se louvam a si mesmos; mas esses que se medem a si mesmos e se comparam consigo mesmos estão sem entendimento.
13   Porém não nos gloriaremos fora de medida, mas conforme a reta medida que Deus nos deu, para chegarmos até vós;
14   porque não nos estendemos além do que convém, como se não houvéssemos de chegar até vós, pois já chegamos também até vós no evangelho de Cristo;
15   não nos gloriando fora de medida nos trabalhos alheios; antes, tendo esperança de que, crescendo a vossa fé, seremos abundantemente engrandecidos entre vós, conforme a nossa regra,
16   para anunciar o evangelho nos lugares que estão além de vós e não em campo de outrem, para nos não gloriarmos no que estava já preparado.
17   Aquele, porém, que se gloria, glorie-se no Senhor.
18   Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, mas, sim, aquele a quem o Senhor louva.

Capítulo 11
1     Tomara que me suportásseis um pouco na minha loucura! Suportai-me, porém, ainda.
2     Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo.
3     Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos e se apartem da simplicidade que há em Cristo.
4     Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis.
5     Porque penso que em nada fui inferior aos mais excelentes apóstolos.
6     E, se sou rude na palavra, não o sou, contudo, na ciência; mas já em tudo nos temos feito conhecer totalmente entre vós.
7     Pequei, porventura, humilhando-me a mim mesmo, para que vós fôsseis exaltados, porque de graça vos anunciei o evangelho de Deus?
8     Outras igrejas despojei eu para vos servir, recebendo delas salário; e, quando estava presente convosco e tinha necessidade, a ninguém fui pesado.
9     Porque os irmãos que vieram da Macedônia supriram a minha necessidade; e em tudo me guardei de vos ser pesado e ainda me guardarei.
10   Como a verdade de Cristo está em mim, esta glória não me será impedida nas regiões da Acaia.
11   Por quê? Porque vos não amo? Deus o sabe.
12   Mas o que eu faço o farei para cortar ocasião aos que buscam ocasião, a fim de que, naquilo em que se gloriam, sejam achados assim como nós.
13   Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo.
14   E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz.
15   Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras.


Versão Revista e Atualizada – ARA
Capítulo 10
12   Porque não ousamos classificar-nos ou comparar-nos com alguns que se louvam a si mesmos; mas eles, medindo-se consigo mesmos e comparando-se consigo mesmos, revelam insensatez.
13   Nós, porém, não nos gloriaremos sem medida, mas respeitamos o limite da esfera de ação que Deus nos demarcou e que se estende até vós.
14   Porque não ultrapassamos os nossos limites como se não devêssemos chegar até vós, posto que já chegamos até vós com o evangelho de Cristo;
15   não nos gloriando fora de medida nos trabalhos alheios e tendo esperança de que, crescendo a vossa fé, seremos sobremaneira engrandecidos entre vós, dentro da nossa esfera de ação,
16   a fim de anunciar o evangelho para além das vossas fronteiras, sem com isto nos gloriarmos de coisas já realizadas em campo alheio.
17   Aquele, porém, que se gloria, glorie-se no Senhor.
18   Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, e sim aquele a quem o Senhor louva.

Capítulo 11
1     Quisera eu me suportásseis um pouco mais na minha loucura. Suportai-me, pois.
2     Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo.
3     Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo.
4     Se, na verdade, vindo alguém, prega outro Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho diferente que não tendes abraçado, a esse, de boa mente, o tolerais.
5     Porque suponho em nada ter sido inferior a esses tais apóstolos.
6     E, embora seja falto no falar, não o sou no conhecimento; mas, em tudo e por todos os modos, vos temos feito conhecer isto.
7     Cometi eu, porventura, algum pecado pelo fato de viver humildemente, para que fôsseis vós exaltados, visto que gratuitamente vos anunciei o evangelho de Deus?
8     Despojei outras igrejas, recebendo salário, para vos poder servir,
9     e, estando entre vós, ao passar privações, não me fiz pesado a ninguém; pois os irmãos, quando vieram da Macedônia, supriram o que me faltava; e, em tudo, me guardei e me guardarei de vos ser pesado.
10   A verdade de Cristo está em mim; por isso, não me será tirada esta glória nas regiões da Acaia.
11   Por que razão? É porque não vos amo? Deus o sabe.
12   Mas o que faço e farei é para cortar ocasião àqueles que a buscam com o intuito de serem considerados iguais a nós, naquilo em que se gloriam.
13   Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo.
14   E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz.
15   Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras.

Nova Versão Internacional – NVI
Capítulo 10
12   Não temos a pretensão de nos igualar ou de nos comparar com alguns que se recomendam a si mesmos. Quando eles se medem e se comparam consigo mesmos, agem sem entendimento.
13   Nós, porém, não nos gloriaremos além do limite adequado, mas limitaremos nosso orgulho à esfera de ação que Deus nos confiou, a qual alcança vocês inclusive.
14   Não estamos indo longe demais em nosso orgulho, como seria se não tivéssemos chegado até vocês, pois chegamos a vocês com o evangelho de Cristo.
15   Da mesma forma, não vamos além de nossos limites, gloriando-nos de trabalhos que outros fizeram. Nossa esperança é que, à medida que for crescendo a fé que vocês têm, nossa atuação entre vocês aumente ainda mais,
16   para que possamos pregar o evangelho nas regiões que estão além de vocês, sem nos vangloriarmos de trabalho já realizado em território de outro.
17   Contudo, “quem se gloriar, glorie-se no Senhor”,
18   pois não é aprovado quem a si mesmo se recomenda, mas aquele a quem o Senhor recomenda.

Capítulo 11
1     Espero que vocês suportem um pouco da minha insensatez. Sim, por favor, sejam pacientes comigo.
2     O zelo que tenho por vocês é um zelo que vem de Deus. Eu os prometi a um único marido, Cristo, querendo apresentá-los a ele como uma virgem pura.
3     O que receio, e quero evitar, é que assim como a serpente enganou Eva com astúcia, a mente de vocês seja corrompida e se desvie da sua sincera e pura devoção a Cristo.
4     Pois, se alguém lhes vem pregando um Jesus que não é aquele que pregamos, ou se vocês acolhem um espírito diferente do que acolheram ou um evangelho diferente do que aceitaram, vocês o toleram com facilidade.
5     Todavia, não me julgo nem um pouco inferior a esses “super-apóstolos”.
6     Eu posso não ser um orador eloqüente; contudo tenho conhecimento. De fato, já manifestamos isso a vocês em todo tipo de situação.
7     Será que cometi algum pecado ao humilhar-me a fim de elevá-los, pregando-lhes gratuitamente o evangelho de Deus?
8     Despojei outras igrejas, recebendo delas sustento, a fim de servi-los.
9     Quando estive entre vocês e passei por alguma necessidade, não fui um peso para ninguém; pois os irmãos, quando vieram da Macedônia, supriram aquilo de que eu necessitava. Fiz tudo para não ser pesado a vocês, e continuarei a agir assim.
10   Tão certo como a verdade de Cristo está em mim, ninguém na região da Acaia poderá privar-me deste orgulho.
11   Por quê? Por que não amo vocês? Deus sabe que os amo!
12   E continuarei fazendo o que faço, a fim de não dar oportunidade àqueles que desejam encontrar ocasião de serem considerados iguais a nós nas coisas de que se orgulham.
13   Pois tais homens são falsos apóstolos, obreiros enganosos, fingindo-se apóstolos de Cristo.
14   Isto não é de admirar, pois o próprio Satanás se disfarça de anjo de luz.
15   Portanto, não é surpresa que os seus servos finjam que são servos da justiça. O fim deles será o que as suas ações merecem.


Versão Linguagem de Hoje – BLH
Capítulo 10
12   É claro que não nos atrevemos a nos igualar ou a nos comparar com aqueles que pensam que são tão importantes. Como são ignorantes! Primeiro eles resolvem quais as medidas que irão usar para se medirem e depois eles se julgam de acordo com essas mesmas medidas.
13   Nós não vamos nos orgulhar além de certos limites. Deus é quem põe os limites no nosso campo de trabalho, e ele nos deixou chegar até vocês em Corinto.
14   Desde que vocês estão dentro desses limites, não fomos além deles quando chegamos até aí levando o evangelho de Cristo.
15   Assim não nos orgulhamos do trabalho que outros têm feito em lugares que vão além dos limites que Deus nos deu. Pelo contrário, esperamos que a fé que vocês têm possa crescer e que nós possamos fazer um trabalho ainda maior entre vocês, sempre dentro dos limites que Deus tem posto para nós.
16   Então poderemos anunciar o evangelho em outras regiões além daquela onde vocês moram. Isso sem entrar em campos de outras pessoas, para não nos orgulharmos do trabalho feito por elas.
17   Como dizem as Escrituras Sagradas: "Quem quiser se orgulhar, que se orgulhe daquilo que o Senhor faz."
18   Pois a pessoa só é aprovada quando o Senhor a aprova e não quando é aprovada por si mesma.

Capítulo 11
1     Eu gostaria que vocês me suportassem mesmo quando sou um tanto louco. Por favor, me suportem!
2     O mesmo zelo que Deus tem por vocês eu também tenho. Porque vocês são como uma virgem pura que eu prometi dar em casamento somente a um homem, que é Cristo.
3     Pois, assim como Eva foi enganada pelas mentiras da cobra, eu tenho medo de que a mente de vocês seja corrompida e vocês abandonem a devoção sincera e pura a Cristo.
4     Porque vocês suportam com alegria qualquer um que chega e anuncia um Jesus diferente daquele que nós anunciamos. E aceitam um espírito e um evangelho completamente diferentes do Espírito de Deus e do evangelho que receberam de nós.
5     Eu não acho que tenho menos valor do que esses tais "super-apóstolos"!
6     Talvez eu seja um principiante no falar, mas no conhecimento não sou. Sempre e em todas as situações temos dado provas disso a vocês.
7     Quando anunciei a vocês a boa notícia de Deus, fiz isso completamente de graça. Eu me humilhei para engrandecer vocês. Será que houve algum mal nisso?
8     Enquanto estive trabalhando entre vocês, fui pago por outras igrejas. Por assim dizer, eu estava roubando delas para ajudar vocês.
9     E, durante o tempo em que estive com vocês, quando precisava de alguma coisa, não incomodava ninguém; pois os irmãos que vieram da Macedônia me trouxeram tudo o que eu precisava. O que aconteceu no passado e acontecerá no futuro é isto: Eu nunca exigirei que vocês me ajudem.
10   Pela verdade de Cristo, a qual está em mim, eu garanto que ninguém, em nenhum lugar da Acaia, tirará de mim este orgulho de anunciar o evangelho sem cobrar nada.
11   Por que estou dizendo isso? Será que é porque não amo vocês? Deus sabe que os amo!
12   O que estou fazendo agora vou continuar a fazer a fim de evitar que aqueles tais "apóstolos" tenham motivo para se gabar e dizer que fazem um trabalho igual ao nosso.
13   Aqueles homens são apóstolos falsos e não verdadeiros. Eles mentem a respeito dos seus trabalhos e se disfarçam, apresentando-se como verdadeiros apóstolos de Cristo.
14   E isso não é de admirar, pois até Satanás pode se disfarçar e ficar parecendo um anjo de luz.
15   Portanto, não é nada demais que os servidores dele se disfarcem, apresentando-se como pessoas que fazem o bem. Mas no fim eles receberão exatamente o que as suas ações merecem.



SEÇÃO II

Nessa Seção, apresentamos alguns comentários extraídos de Bíblias Comentadas. Muitas vezes, os comentários podem não seguirem a mesma linha de raciocínio, isso porque, dentro da visão geral teológica da interpretação aceitável para o texto, estão as marcas dogmáticas e religiosas seguidas por cada comentarista.
E isso é bom para o professor de EBD, pois ele passar a tomar conhecimento de possíveis interpretações dadas para um mesmo texto. Cabe ao professor, apresentá-las, se necessário, porém, posicionando-se por aquela que ele considera mais próxima da linha dogmática seguida por sua Igreja.



COMENTÁRIO, EXTRAÍDO NA ÍNTEGRA, DA BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL


10.12 SE MEDEM A SI MESMOS.
Comparar-nos aos padrões contemporâneos e à vida dos crentes em nosso redor demonstra que ainda estamos sem a compreensão apropriada da vontade de Deus. O padrão com o qual devemos nos medir é o padrão revelado em Cristo e na doutrina dos apóstolos, no NT.
11.3 CORROMPIDOS OS VOSSOS SENTIDOS.
Alguns em Corinto enfrentavam o grave perigo de serem enganados por falsos pregadores e de aceitarem um evangelho distorcido (v.4). Ao acolherem os ensinos desses “obreiros fraudulentos” (v. 1 3), afastavam-se da sua devoção sincera a Cristo. Nas igrejas dos nossos dias, também há os que se apresentam como ministros da justiça (v.15), mas cujos ensinamentos contradizem a Palavra de Deus e levam seus seguidores ao naufrágio espiritual. Precisamos precaver-nos contra estes.
11.4 ALGUÉM PREGAR... OUTRO EVANGELHO.
Os falsos mestres podem declarar que a revelação bíblica é verdadeira e, ao mesmo tempo, afirmar que possuem revelações extra-bíblicas ou conhecimentos de igual autoridade às Escrituras, e válidos para a igreja inteira, Esses falsos ensinos geralmente envolvem a fé cristã num sincretismo de outras religiões e filosofias. Resultam daí os seguintes erros:
(1) A suposta nova “revelação” é colocada no mesmo nível de autoridade que a revelação bíblica apostólica original.
(2) As Escrituras ocupam um lugar secundário, e Cristo é colocado em lugar inferior em relação aos “santos”, ou fundadores de um movimento ou igreja.
(3) Os falsos mestres alegam ter uma compreensão mais profunda ou exclusiva das supostas “revelações ocultas” nas Escrituras.
11.13 OBREIROS FRAUDULENTOS, TRANSFIGURANDO-SE EM APÓSTOLOS.
Satanás, o grande enganador (v.3; Jo 8.44), utiliza homens maus como seus agentes, transformando-os em “falsos apóstolos e obreiros fraudulentos”.
(1) A Bíblia diz que esses ministros e líderes enganosos são pessoas que, capacitadas por Satanás:
(a) dão a impressão de realizarem grandes coisas na obra de Deus (v. 15; Ap 13.2),
     (b) pregam mensagens evangélicas atraentes (v.4; ver 1 Tm 4.1) e
(c) aparentam ser pessoas santas, mas, na realidade, rejeitam a piedade e negam a sua eficácia (2 Tm 3.5).
(2) Esses obreiros se disfarçam em “apóstolos de Cristo” (v.13) e “ministros da justiça” (v.15). Dessa maneira, imitam os verdadeiros ministros de Cristo e colocam na sua mensagem toda “aparência de piedade” (2 Tm 3.5). Parecem sinceramente solícitos e amorosos, e falam em perdão, paz, felicidade, fraternidade e muitas outras coisas construtivas, mas vivem sob a influência de Satanás. O evangelho deles é, geralmente, segundo o raciocínio humano, e não uma interpretação verdadeira da revelação de Deus, como temos nas Escrituras (cf. Gl 1.6,7; 1 Pe 2.1-3). A sua mensagem não é segundo a doutrina apostólica do NT (1 Jo 4.1).
(3) Todos os crentes devem precaver-se desses ministros e líderes enganosos (vv. 3,4; Mt 7.15; 16.6) e não devem se deixar levar pelo carisma deles, nem por sua eloqüência, preparo, milagres, altas estatísticas ou mensagem popular.
(4) Todos os líderes religiosos devem ser julgados de conformidade com sua atitude e fidelidade, ante a redenção, pelo sangue de Jesus Cristo, e o evangelho, conforme ensinaram Jesus e os escritores do NT.


COMENTÁRIO, EXTRAÍDO NA ÍNTEGRA, DA BÍBLIA DE ESTUDO DE GENEBRA


10.12 não ousamos classificar-nos ou comparar-nos com alguns.
Agora veio à tona a questão que fez Paulo defender seu apostolado tão vigorosamente. Encorajados pelos “apóstolos” rivais, alguns crentes coríntios influentes tinham começado a comparar esses recém-chegados com Paulo - em uma comparação na qual Paulo se saía como o perdedor. Ele foi julgado deficiente como orador (v. 10; 11.5), fraco em seu relacionamento com a igreja (vacilando entre a ousadia quando ausente e a timidez quando presente, v. 10-11), sem amor para com eles, (ao recusar uma doação monetária que, do ponto de vista deles, tratava-os como inferiores, 11.7-11; 12.14-18), e deficiente quanto a certas experiências religiosas de “poder” (12.1-5). Paulo, porém, recusava-se a comparar-se com seus oponentes em seus pobres termos de jactância pessoal e de autopromoção. E quando ele cedeu e se gloriou diante deles (11.16-18). ele o fez com ironia, usando a forma de comparação, mas sempre rejeitando os valores falsos deles.
10.13 não nos gloriaremos sem medida.
Paulo tomará o crédito somente pelas coisas que Deus lhe havia permitido fazer, mas isso incluía ter chegado a Corinto como apóstolo deles. Ele deixa entendido que seus oponentes, em Corinto, com suas vanglórias, estavam se intrometendo em sua área de responsabilidade.
10.16 para além das vossas fronteiras.
Paulo tinha a esperança de que os crentes de Corinto prosperariam espiritualmente e se tomariam uma base da qual ele poderia partir para evangelizar outros povos fora das fronteiras deles, presumivelmente em Roma e depois na Espanha (At 19.21; Rm 15.22-29).
10.17
Uma citação extraída de Jr 9.24. “Gloriar-se” em alguma coisa significa declarar quão grandiosa é tal coisa, ufanar-se de algo. Toda a ufania de Paulo, nesta epístola, termina por dar glória a Deus.
10.18 aquele a quem o Senhor louva.
O julgamento do Senhor é final, e colocará de lado todo juízo humano. Paulo tem sido cuidadoso em não fazer qualquer reivindicação, exceto o que estivesse alicerçado sobre os propósitos de Deus e sobre aquilo que Deus tivesse realizado. Ele conclui esta seção com o princípio muito básico de que uma pessoa deveria buscar a aprovação de Deus, e não do homem (Mt 6.1-4; Jo 5.44; Rm 2.29; Gl 1.10).
11.2 Zelo por vós.
Paulo anela que os crentes de Corinto permaneçam leais a Cristo. Ele usa a metáfora do noivado e do casamento. Se os coríntios seguissem os falsos apóstolos, eles se desviariam de Cristo e lhe seriam infiéis. “Então não mais poderiam aproximar-se dele como uma virgem pura”. Fica suposto que o ideal divino para o casamento não envolve relações sexuais anteriores - que uma noiva deveria chegar a seu marido como uma “virgem pura”, e seu marido chegar-se-ia a ela também como tal.
11.3 como a serpente.
Paulo sabe que os falsos apóstolos eram uma perigosa ameaça espiritual, comparável à serpente (vs. 14-15; Gl 3.1).
11.4 outro Jesus... espírito DIFERENTE... evangelho DIFERENTE.
Estão em pauta as fortalezas, os argumentos e as pretensões (10.4-5) dos oponentes de Paulo para distorcer a verdade de que o “Jesus”, o “espírito” e o “evangelho” deles diferiam radicalmente daquilo que Paulo pregava (1 Co 1.18--2.16; cf. Gl 1.6-91. O “evangelho diferente” dos oponentes conforma-se tanto com as maneiras mundanas de pensar que Paulo e seu ministério apostólico - um ministério que manifestava a morte de Jesus através da adversidade e dos sofrimentos (4.7-18; 6.4-10; cf. 1 Co 4.8-13) - eram desprezados e rejeitados em favor de ministérios que satisfaziam o gosto corrente pela eloqüência, pela sabedoria filosófica e por exibições espetaculares de poder espiritual (cf. 1 Co 1.22-25).
11.5 a esses tais apóstolos.
No original grego, há um indício de zombaria no uso que Paulo faz do título destacado (lit. “superapóstolos”), para seus oponentes em Corinto. Talvez esse fosse até um título que eles aplicassem a si mesmos. E outros pensam que eles usavam esse título para referirem-se aos apóstolos em Jerusalém.
11.6 embora seja falto no falar.
Paulo não dependia do tipo de oratória treinada, que o mundo tanto admira, e cujo designo é obter glória para o orador. Aqueles que estavam sendo influenciados pelos oponentes do apóstolo atacavam o ministério de Paulo ao dizerem que lhe faltava essa habilidade.
11.7 gratuitamente.
Quando esteve em Corinto, Paulo providenciou seu próprio sustento (At 18.3) e também aceitou ajuda de outras igrejas (v. 8). Alguns dos coríntios parecem ter ficado ofendidos porque Paulo se recusou a aceitar suas dádivas, provavelmente oferecidas ao apóstolo devido à sua prédica do evangelho a eles. Dar e receber presentes eram, muitas vezes, meios para se estabelecer e manter amizades entre pessoas de idêntica classe social. Dentro desse sistema, a recusa de Paulo em receber ofertas pode ter sido tomada como um insulto, uma orgulhosa recusa de deixar-se envolver com pessoas de classe inferior. Mas o apóstolo vê seu relacionamento com os coríntios não do ponto de vista das convenções sociais (5.16), mas do ângulo da nova criação (5.17), na qual ele fora chamado para ser um apóstolo e pai espiritual. Como pai, ele pode ter dado corretamente algo aos seus filhos, sem nada receber em troca (12.14-15).
11.9 quando vieram da Macedônia.
Provavelmente de Filipos (Fp 4.15-16).
11.10 esta glória.
Paulo havia ministrado aos coríntios com grande sacrifício pessoal e gastos - diferentemente dos apóstolos falsos, que, aparentemente, demandavam apoio financeiro por parte da igreja (cf. vs. 7.20).
11.10 nas regiões da Acaia.
A região ao redor de Corinto.
11.13 Porque os tais.
Os oponentes de Paulo em Corinto não eram irmãos na fé que diferiam em certas questões não essenciais; eles eram, realmente, servos de Satanás dentro da igreja, competindo para obter posições de liderança.
11.14 Se transforma em anjo de luz.
Uma das artimanhas de Satanás consiste em reivindicar estar fazendo o bem e, especificamente, enviar a uma igreja servos seus que se dizem crentes, mas que produzem apenas divisão, calúnia, imoralidade e toda espécie de destruição. Disse Jesus a seus discípulos: “Por seus frutos os conhecereis” (Mt 7.20; cf. At 20.29-30; 2 Pe 2).
11.15 O fim deles.
Acabarão sendo julgados e condenados por Deus.


COMENTÁRIO, EXTRAÍDO NA ÍNTEGRA, DA BÍBLIA VIDA NOVA


10.15 Trabalhos alheios.
Como regra geral, Paulo desenvolvia seu trabalho em regiões por ele mesmo desbravadas.
16 Além.
Cf. At 19:21; Rm 1:11-15; 15:23-28. Paulo chegou até à Espanha nos labores da evangelização, disse Clemente de Roma.
10.18
O que vale não é a auto-apreciação, mas a recomendação de Deus.
11.1 Minha loucura.
Paulo detestou a necessidade de apresentar suas credenciais. Foi forçado a isso para manter a dignidade de Cristo.
11.2 Zelo.
O ciúme de Deus para com Sua noiva. Israel, se destaca no A.T. (cf. Is 54:5; 62:5; Os 2:19,20). Paulo o “amigo do noivo”, (cf Jo 3:29) tinha a responsabilidade de garantir a castidade e pureza da noiva (3) até ao casamento. O crente fica desposado única e exclusivamente com Cristo.
11.4 Outro Jesus.
Não outro Cristo. Os hereges concordavam que Jesus era o Messias. Sua interpretação, entretanto, da vida, morte e ensino de Jesus contrariava fatalmente a doutrina de Paulo (Gl 1:8).
11.5 Tais apóstolos.
Literalmente “super apóstolos”. Quaisquer que forem suas credenciais, aqueles que carecem duma comissão direta de Cristo não passam de falsos apóstolos. Estes eram autocomissionados (13).
11.6 falto.
Traduz a palavra idiotēs, sem instrução formal (não quer dizer “estúpido” ou “insensato”). Paulo era suspeito porque não foi discípulo de Jesus na Sua vida humana na Palestina (At 1;21s).
11.7 Humildemente.
Confira Fp 4:12, onde Paulo descreve com a mesma palavra grega sua atitude frente as ofertas das igrejas
1.8 Despojei.
Literalmente “roubei”. Esta seguindo o princípio proclamado por Jesus (Lc 10:7 e que ele mesmo mandou (Gl 6:6). Paulo só aceitava ofertas das igrejas depois de ir embora delas.
11.9 Fiz pesado.
Representa uma palavra metafórica e rara no grego. Trata-se dum peixe que paralisa sua vitima antes de devorá-la. Assim procediam os mestres falsos.
11.10 acaia.
A província ao sul da Grécia onde Corinto se situava.
11.12 iguais a nós.
Os mestres que perturbavam os coríntios queriam muito que Paulo aceitasse sustento dessa igreja, colocando-se assim em pé de igualdade com eles.
11.14 Anjo de luz.
Luz é a metáfora bíblica que muitas vezes se refere a natureza divina na Bíblia. Não se deve estranhar que Satanás apela para as consciências de suas vítimas, iludindo-as a respeito da justiça.
1.15 Seus ministros.
Provavelmente Paulo negaria que os judaizantes fossem crentes reais. Há casos de crentes que, sendo iludidos, servem o diabo.


COMENTÁRIO, EXTRAÍDO NA ÍNTEGRA, DA BÍBLIA DE JERUSALÉM


10.13
Var.: “Medindo-nos segundo a nossa medida e comparando-nos a nós mesmos, não nos glorificaremos além da justa medida”.
10.14
Sentido dos vv. 12-14; meus adversários têm por único título de glória a elevada opinião que fazem de si mesmos (v. 12). Quanto a mim, posso gloriar-me de haver cumprido a missão que Deus me confiou: fundar a Igreja em Corinto (vv. 13-14).
10.15
Pode-se também traduzir: “esperamos que, quando a vossa fé se tiver desenvolvido, cresçamos ainda em vossa estima e cada vez mais, segundo a regra que nos foi assinalada”.
10.16
Paulo impõe como regra a si mesmo não construir sobre os fundamentos colocados por outrem (Rm 15,20s).
11.1 Vós me suportais
Ou talvez: “Pois bem! Suportai-me!” A respeito dessa loucura de Paulo, cf. 5.13+; 11.17; 12.11.
11.2 A quem devo.
Paulo, amigo do esposo, apresenta a este a sua noiva. Desde Oseías 2, o amor de Iahweh por seu povo era simbolizado pelo amor do esposo e da esposa (Jr 2.1-7; 3; 31.22; 51.5; Is 49.14-21; 50.1; 54.1-10; 62.4-5; Ez 16; 23). O NT retomou a imagem (Mt 22.2s; 25.1s; Jo 3.28-29; Ef 5.25-33; Ap 19.7; 21.2).
11.4 Diferente daquele que vos pregamos.
Tratar-se-ia de um Jesus apresentado essencialmente em seu aspecto terrestre (cf. 5.16+), de modo a se dar menos importância ao Senhor ressuscitado, Cabeça do mundo novo (5.17+). Pode-se também compreender a frase como um condicional: caso isso acontecesse, vós o aceitaríeis. - Como quer que seja, a situação parece menos grave do que em Gl 1.6-9; poderia, porém, tornar-se muito séria.
11.5 Eminentes apóstlos.
Termo que volta em 12.11. São “falsos apóstolos” (11.14). Certamente não se trata dos Doze, cuja autoridade Paulo reconhece (Gl 1.18; 2.9). Mas o círculo dos apóstolos é mais amplo do que o dos Doze (cf. 1 Cor 15.7+), e pode ter havido outros Judas entre eles. A menos que se trate de pessoas que usurpassem tal titulo.
11.6 Em tudo e de todos os modos.
Ou: “em tudo e de toda maneira”.
11.12 Gloriarem dos mesmo títulos que nós.
O desinteresse material que Paulo pratica é característico da missão de apóstolo, que os inimigos de Paulo nunca ousarão usurpar.



SEÇÃO III

Nessa Seção, apresentamos alguns comentários bíblicos extraídos de Enciclopédias de Comentários Bíblicos e Livros especializados nas áreas de hermenêutica e exegese bíblica.
A leitura do conteúdo aqui apresentado proporcionará ao professor de EBD, a imersão na riqueza dos conhecimentos apresentados por seus autores, quando trata do contexto do texto, ou das especificidades de uma expressão ou palavra.



COMENTÁRIO, EXTRAÍDO NA ÍNTEGRA, DA ENCICLOPÉDIA
“O NOVO COMENTÁRIO DA BÍBLIA”

Capítulo 10

10.12 Louvam-se a si mesmos.
Esta parecia ser uma acusação que lhe faziam pregadores que por lá andaram (cfr. 3:1, 5:12). Paulo devolve a acusação aos seus detratores. Sua experiência espiritual fazia-O afastar de si qualquer coisa que nele pudesse atrair elogios; humilhava-se completamente por estar cônscio da mudança que a graça de Deus, agindo em sua vida, havia operado nele. Porém, no caso vertente, é forçado a falar como de homem para homens, e tornar a contar suas próprias obras e procedimento.
10.13 Até vós.
O apóstolo passa a relatar as experiências que tivera, as quais foram como que o fundamento, para que eventualmente recebesse de Deus o privilégio de pregar aos coríntios.
Assim, espera poder agora ser capaz de prosseguir, como diz, para além das vossas fronteiras (16). Se atentarmos para Rom. 15:19-24, veremos que ele esperava visitar a parte ocidental da Grécia, Roma e até a Espanha.
10.16 Em campo alheio.
   O verso 17 dá a entender que ele atribui a glória ao Senhor.
10.18
   O verso 18 deve ser lido à luz de 3:1, 5:12, 10:12.

Capítulo 11

O caráter do ministério de Paulo (11:1-15)

Agora o apóstolo prorrompe num discurso calculado a desmascarar esses falsos mestres. Faz isto porque zela pelos coríntios (2) e muito se aflige em pensar que eles podem ser desencaminhados. Deseja apresentá-los a Cristo como virgem pura (2), isto é, como povo cuja fé não foi contaminada pela falsidade. Anseia que as mentes deles não sejam corrompidas e se apartem da simplicidade que em Cristo (3). Note-se que a ARA in­sere as palavras “e pureza” depois de simplicidade. Em vista da atitude dos críticos modernos para com os primeiros capitulas do Gênesis, é de grande interesse a menção que Paulo faz, neste versículo, à narrativa da tentação de Eva pela serpente. O apóstolo gostava muito de se reportar ao Velho Testamento. Várias vezes em suas epístolas ele se refere a Adão (v. g. 1 Cor. 15; Rom. 5). São freqüentes também referências a Abraão, Davi e outras personagens do Velho Tes­tamento.

11.4 A esses de boa mente tolerais.
Censura os coríntios por darem ouvidos, pacientemente, a falsos mestres; ou por outra, “vós sois muito pacientes”; diz isto, sem dúvida, com ironia.
11.6 Falto no falar.
A frase significa: não obedece às regras da retórica ensinadas nas escolas.
11.5 esses tais apóstolos.
Paulo desafia-os a considerar se, no final de tudo, ele não os levou a apreciar coisas mais profundas do que esses tais (os mais excelentes) apóstolos, frase esta igualmente irônica, significando aqueles que eram mais do que simples mensageiros. Impunham-se como autoridades.
11.8 despojei (roubei) outras igrejas.
Paulo refere-se ao fato de não ter sido pesado a eles. Alguns eram bastante estultos para pensar que o evangelho por ele pregado tinha, por isso mesmo, menos valor. Cfr. 12:13 com o verso 7. Despojei (roubei) outras igrejas (8). Paulo está mostrando, realmente, que não recebia ab­solutamente salário para pregar o evangelho. Se o que outras igrejas lhe deram, para seu sustento, tinha de ser considerado como “proventos” ou ganhos, então ele tinha com efeito “despojado” (roubado) essas igrejas, visto como o serviço não fora prestado a elas, e sim aos coríntios. Deste modo, ele reduz o argumento todo a um absurdo. Suas necessidades sempre eram supridas e, se não tinha recebido mesmo qualquer coisa material da parte dos coríntios, foi porque os cristãos macedônios tinham ido ao encontro da maior parte de tais necessidades. Quanto a isto, sabemos, de At. 18:5, que Timóteo e Silas foram portadores desse auxílio ao apóstolo.
11.12 Serem considerados iguais a nós.
É um desafio lançado aos falsos apóstolos, para que tratem de ganhar a vida.
11.14,15 Satanás... seus próprios ministros.
O Novo Testamento ensina que temos um adversário espiritual em atividade neste mundo, a saber, Satanás; e que este escraviza homens para serem ministros seus. O “evangelho” deles pretendia apresentar-se como “evangelho de justiça”, com o fito de enredar os incautos. É essencial que os que de fato desejam salvar-se saibam que a justiça lhes vem somente pela fé em Cristo Jesus, não de obras que pratiquem, para que ninguém se vanglorie (ver Ef. 2:9), e devem usar este conhecimento que têm do assunto no exame de qualquer ensino que lhes for apresentado.


COMENTÁRIO, EXTRAÍDO NA ÍNTEGRA, DA ENCICLOPÉDIA
“A BÍBLIA EXPLICADA”

Capítulo 10
Autoridade apostólica (1-18). Neste capítulo Paulo defende a sua autoridade apostólica. As vezes é uma triste necessidade o servo de Deus defender-se. Evidentemente havia detratores e acusadores do apóstolo em Corinto, e era necessário desmentir as suas calúnias. Porém o apóstolo, ao defender-se, fê-lo com seu olhar fito na «mansidão e benignidade de Cristo».
Pelo v. 11 entendemos que havia um adversário entre os coríntios que se fizera mais notável que os outros. Paulo não o menciona por nome; chama-o «o tal».
Como é diferente o estilo desta carta do daquela aos Romanos! Porém aqui Paulo escreve a seus próprios filhos na fé, e em Romanos a desconhecidos.

«Podemos notar alguns característicos de um obreiro eficiente:
(a) Ele não milita segundo a carne, v. 3;
(b) suas armas não são carnais;
(c) não se ocupa com o aspecto exterior, v. 7;
(d) emprega seu poder para edificação;
(e) não se compara com os outros; e
(f) não se gloria no que já estava preparado, 15.»
          [Goodman]

Vemos que o espírito de Paulo era o de um verdadeiro pioneiro, sempre anelante para ir mais além, e anunciar o Evangelho onde Cristo não tinha sido anunciado.

Capítulo 11

Vs. 1-12.
O apóstolo previne os coríntios contra três erros de doutrina:
1. “outro Jesus”, criação, talvez, da imaginação humana;
2. “outro espírito” que não é o Espírito Santo a quem o cristão obedece;
3. “outro evangelho” que não anuncia o perdão divino mediante uma obra expiatória.

“Paulo ainda defende seu ofício apostólico (1-6), e aqui afirma o seu método (7-11), e o seu motivo (12-15).” [Scroggie]

Com respeito a suas necessidades pessoais, Paulo recebeu várias vezes os donativos dos filipenses, mas recusou-se a receber dos coríntios carnais. Quis antes aceitar de “os irmãos que vieram da Macedônia” do que dêles. E tudo isto para “cortar ocasião aos que buscam ocasião” para poderem dizer que o apóstolo explorava seus filhos na fé.

Lamsa termina o v. 12 “não sejam achados assim como nós”.

Vs.13-15.
Aqui Paulo denuncia energicamente os “falsos apóstolos” do seu tempo, que ele afirma sem rebuços serem servos de Satanás. Que diria ele hoje de todos os ensinadores falsos que exploram a humanidade?

Notemos aqui que Paulo reconhece a personalidade de Satanás: que é um ente real e não uma mera influência maligna.

Os sofrimentos de Paulo por amor do Evangelho (16-33).
O apóstolo reconhece a necessidade de se defender, mas ao mesmo tempo acha a tarefa tão desagradável que a considera loucura. Relata minuciosamente seus sofrimentos por amor do Evangelho, porém não todos eles, porque ainda não fizera a viagem a Roma. Ficamos sabendo que a narrativa em Atos é muito incompleta, pois pouco nos conta de todas as provações relatadas aqui.

O Dr. Goodman resume a lista assim:
(a) abundantes trabalhos, em que Paulo não poupava seu corpo cansado;
(b) crueldade e perseguições, tendo sido muitas vezes açoitado e encarcerado;
(c) perigos marítimos e terrestres devido às suas muitas viagens;
(d) cansaço e necessidades devido a fome, frio, nudez;
(e) ansiedades petas igrejas, cada dia trazendo novos cuidados;
(f) indignidades, como quando ele (outrora o orgulho dos fariseus) foi baixado num cesto pela muralha.
E em todas estas provações ele experimentou a proteção divina.


COMENTÁRIO, EXTRAÍDO NA ÍNTEGRA, DA ENCICLOPÉDIA
“COMENTÁRIO BÍBLICO BROADMAN”

Capítulo 10

A Defesa do Ministério Apostólico de Paulo (10:1-13:14)

Torna-se patente, a todos os leitores desta carta, que uma mudança marcante de tom e de atitude ocorre em 10:1. O alívio e a alegria do capítulo 7, seguidos pela abordagem confiante do apóstolo nos capítulos 8 e 9, quando ele solicita a ajuda dos coríntios para a coleta em favor dos pobres da Palestina, dão lugar a uma defesa vigorosa de sua autoridade apostólica e a um ataque contra os que a rejeitavam. Embora se faça referência a um grupo de indivíduos que faziam alegações contra Paulo (10:2, “alguns que nos julgam”; 10: 10, “eles dizem...”; 10:12, “alguns que se louvam a si mesmos”), é difícil afirmar que é apenas a esse grupo que Paulo está se dirigindo, nestes capítulos. Pelo contrário, toda a igreja estava no campo visual do apóstolo (veja, 11:1 e ss.; 11:7 e ss.; 12:14 e ss.; 13:11 e ss.). Dirigir-se a toda a igreja era necessário, visto que, aparentemente, ela estava correndo o perigo de ser persuadida pelos adversários de Paulo. Os problemas incluídos, em se relacionar os capítulos 10 a 13 com os capítulos 1 a 9, são discutidos na Introdução, à qual remetemos o leitor.

I. Alegação de Que Paulo Ultrapassara Seus Limites (10:12-18)
Paulo estava preparado para ser ousado em pessoa e em atos, quando fosse da próxima vez a Corinto, mas ele confessa que havia um limite para a sua coragem. Ele não podia contar-se ou comparar-se com alguns, que se louvam a si mesmos. Como é que eles chegaram a uma auto-avaliação tão elevada? Eles se medem consigo mesmos. Eles haviam formado as suas próprias idéias a respeito de quem era de Cristo, e do que constituía espiritualidade, achando que todos os que não comungavam com as suas idéias estavam automaticamente degradados. Na realidade, tais pessoas, em virtude do interesse exclusivo por suas próprias idéias e experiências, se excluem da comunhão do povo de Cristo, e desta forma, se eximem de participar da experiência mais ampla do Espírito, outorgada à igreja. Conseqüentemente, estão sem entendimento.
Em contraste com os que se consideram de maneira tão elevada, Paulo se recusa a se gloriar além da medida; pelo contrário, ele acrescenta, o fazemos conforme o padrão da medida que Deus nos designou para chegarmos mesmo até vós. Aqui existe um jogo de palavras que é obscurecido na RSV, mas que a KJV tenta preservar. A seguinte tradução expressa este jogo de palavras: “Mas estes, medindo-se consigo mesmos ... nós, porém, não nos gloriaremos além da medida, mas conforme o padrão da medida que Deus nos designou.” A sua jactância havia ido além dos limites da realidade, e no ministério deles em Corinto eles haviam transgredido o limite da nomeação de Deus. Por outro lado, Paulo estava preparado para se gloriar apenas no que Deus realizara através dele, e em seu ministério ele se conservava estritamente dentro dos limites que Deus lhe indicara.
O sentido geral do verso 13 é expresso com a ajuda do termo ambíguo padrão. Em inglês, os tradutores o omitiram, mas ao fazê-lo, deixaram de expressar uma idéia que pode ter sido significativa para Paulo. Pois esta palavra pode significar padrão no sentido de medida (para medir algo) e assim indicar o que fica de fora de uma área mas pode também significar um “padrão” ou princípio de ação. Paulo exercia o seu ministério dentro dos limites de um duplo padrão, que foi prescrito por Deus: ele foi comissionado para evangelizar o mundo gentílico (essa era a sua área; veja At. 9:15; Rom. 1:5; Gál. 2:9); e foi enviado para pregar em lugares em que Cristo não era conhecido; daí o ter sido ele chamado para ser um missionário pioneiro (cf. Rom. 15:20). Portanto, Corinto estava dentro da órbita do ministério de Paulo, indicado para ele por Deus, e foi assim que ele chegou a fundar a igreja nessa cidade.
A negação apresentada em 14a: não nos estendemos além do que convém, como se não chegássemos até vós, é quase certamente um repúdio contra a asseveração feita pelos oponentes de Paulo de que ele não tinha o direito de ministrar em Corinto. Parece que eles presumiam que a igreja em Corinto era sua esfera particular de ministério, e que Paulo era um intruso. Porém, dizia o apóstolo, indignado: já chegamos também até vós no evangelho de Cristo. Não haveria igreja em Corinto, se ele não tivesse evangelizado essa cidade. Na vontade de Deus, os coríntios deviam a sua vida em Cristo ao trabalho missionário de Paulo. O fato de que ele fora verdadeiramente enviado por Deus fora demonstrado no agrado do Espírito em operar poderosamente entre eles através da agência de Paulo (cf. 1 Cor. 9:1 e s.).
Mais uma vez, em contraste com os falsos mestres, que saem sem comissionamento do Senhor e se apegam a igrejas como parasitas a um corpo, Paulo afirma: não nos gloriando além da medida em trabalhos alheios. Ele era um pioneiro, abrindo caminho para Deus nas partes do mundo que ainda não tinham ouvido o evangelho. Este ministério, ele estava ansioso por continuar. Gastara um tempo imoderado em Corinto, e ansiava por levar a sua tarefa evangelística a regiões mais distantes. Porém, como podia ele ir a regiões virgens para o evangelho, se Corinto estava vacilante na fé? À proporção que cresce a vossa fé, diz ele, seremos nós cada vez mais engrandecidos entre vós, (entre vós seria mais bem traduzido como “por vós”, isto é, pela vossa assistência). Todavia, só depois que Corinto fosse estabelecida na fé e unida como congregação, é que o apóstolo se sentiria livre para mudar para outras regiões. Quando essa situação fosse resolvida, ele iria anunciar o evangelho nos lugares que estão além de vós.
A identificação dessas terras não é feita por Paulo, mas, sem dúvida, ele tinha em vista um plano há muito acariciado, de avançar até Roma, e dali prosseguir para evangelizar o país que os antigos chamavam de “limites ou confins da terra”, a saber, a Espanha (cf. At. 19:21; Rom. 15:22 e ss.). Ao ministrar nessas regiões ele certamente não ultrapassaria campo de outrem! Tal impulso no desconhecido seria um ministério de acordo com “o padrão da medida que Deus designou” para ele.
A experiência feliz de Paulo era que quando exercia o seu ministério em obediência à vontade divina, agradava ao Senhor fazer com que a graça operasse através dele (veja 1 Cor. 15:10 e s.). Da mesma forma, ele podia alegremente endossar a exortação de Jeremias (9:24): glorie-se no Senhor. Contanto que o Senhor o usasse graciosamente, está claro que o selo divino seria colocado no seu ministério. Em último caso, esta é a única autorização que interessa: não a recomendação do próprio homem, mas o atestado de Deus, exposto através da bênção sobre o seu ministério. Onde essa bênção é derramada, está aquele a quem o Senhor recomenda.

Capítulo 2

I. O Amor Ciumento do Apóstolo (11:1-6)
Paulo estava para se permitir um pouco de insensatez. A sua insensatez era a de se jactar acerca dos privilégios e realizações como servo de Cristo, em comparação com os de outros homens; isto ele descreve não apenas como insensatez (11:16 e s.), mas como loucura (11:23) também. No entanto, os coríntios o haviam forçado a fazê-lo, devido à facilidade com que haviam dado ouvidos a falsos mestres, que maliciosamente o denunciavam (12:11 e s.). Por conseguinte, Paulo exigiu que o ouvissem: Suportai-me ainda!
E passa a escrever apaixonadamente. Ele é motivado por um zelo (ciúme) de Deus, isto é, ciúme semelhante ao que Deus sente por seu povo, pois o Senhor exige um amor e uma lealdade completos da parte das pessoas a quem ele se deu (cf. Êx. 20:1-6). Da mesma forma como o mordomo que achou uma noiva para Isaque (Gên. 24), Paulo assumiu o papel de alguém que providencia noiva para outrem: ele desposara a igreja em Corinto com Cristo, na perspectiva de um casamento que se realizaria em glória por ocasião da vinda de Cristo - exemplo interessante de uma igreja local sendo considerada como microcosmo de toda a Igreja universal (cf. Ef. 5:25 e ss.; Apoc. 19:9; 21:9 e ss.). O apóstolo lembra, no entanto, como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia (Gên. 3), e manifesta o temor de que coisa semelhante aconteça com essa igreja. Como uma esposa não devia ter olhos para nenhum outro homem que não fosse o seu esposo, assim também uma igreja deve ter a simplicidade e pureza que há em Cristo.
Porém, tal inflexibilidade de devoção seria ameaçada quando outro Jesus, outro espírito ou outro evangelho fosse apresentado aos coríntios. O Jesus desta forma pregado é, sem dúvida, o mesmo Jesus de Nazaré, porém retratado de maneira tão diferente que se torna outro Jesus. Ê quase certamente uma versão gnóstica de Jesus que está sendo objeto de consideração para Paulo - um Jesus que é um mero vaso para o Cristo divino, que vem sobre ele temporariamente, um Jesus que podia ser até amaldiçoado (1 Cor. 12:3). O espírito pregado nesse contexto está muito longe de ser o Espírito Santo, enviado pelo Senhor ressurreto, como conseqüência da redenção que ele executara (At. 2:33; Rom. 8:9 e s.), e o evangelho de outro Jesus é igualmente diferente, e não devia ser confundido com o evangelho apostólico proclamado por homens verdadeiramente apostólicos.
Em vista disso, os mais excelentes apóstolos, que, no v. 4, são representados como "alguém" e, no v. 5, se presume que alegassem superioridade em relação a Paulo, não podiam ser os apóstolos originais de Jesus. Eram pretendentes heréticos a esse título, e, em 11:13 e s., são chamados de falsos apóstolos e servos de Satanás. Estes homens estabe­leciam um contraste com a forma de Paulo pregar, alegando que ele era um amador (rude = leigo, homem destreinado, em comparação com o profissio­nal) na arte de falar em público, ao passo que eles haviam sido treinados como oradores. Paulo não contesta a alegação, mas resiste à idéia de que ele era um "leigo" com respeito ao conhecimento; a este respeito ele era "perito e especia­lista, treinado e inspirado pelo próprio Senhor" [Plummer].

II. Paulo Rejeita o Dinheiro dos Corín­tios (11:7-15)

Passando ao assunto do dinheiro pelos serviços prestados à igreja em Corinto, Paulo tocou em algo acerca de que tanto a Igreja como os oponentes dele eram sensíveis.
Paulo havia pregado de graça... o evangelho de Deus aos coríntios. Isto fora possível inicialmente devido ao fato de ele fazer tendas. Exercendo esta pro­fissão em Corinto, ele se humilhara, pois, aos olhos dos gregos, o trabalho manual era degradante para um mestre profis­sional. Contudo, Paulo o fizera para que os coríntios fossem exaltados - isto é, elevados através do evangelho. Era isso pecado? Não, claro que não, mas é pos­sível que essa idéia tivesse sido semeada pelos opositores de Paulo, que diziam que a sua conduta demonstrava uma falta de verdadeira preocupação com o bem-estar dos coríntios.
Com isto, Paulo se indignou: outras igrejas despojei, recebendo delas salário; ou seja, elas lhe pagavam, mas ele servia aos coríntios! A ajuda propiciada pelos irmãos, quando vieram da Macedônia, devia ter sido enviada por Timó­teo e Silvano, quando eles voltaram a Corinto (At. 18:5). Sem dúvida, os corín­tios se lembravam disso; Paulo estava disposto a receber dinheiro dos macedô­nios, mas não dos coríntios! "Correto", disse Paulo, "e eu nunca o receberei de vocês!" Por que devia ser assim? Era, como diziam os adversários de Paulo, uma evidência de sua falta de amor aos coríntios? Deus sabia que isso era men­tira, respondeu Paulo.
A razão da intenção de Paulo de não depender dos coríntios é indicada no verso 12: para cortar ocasião aos que buscam ocasião; a fim de que, naquilo em que se gloriam, sejam achados assim como nós. A independência de Paulo embaraçava esses homens, pois os colo­cava sob uma luz desfavorável. Pode ser que eles dissessem que requeriam o sustento financeiro dos coríntios a fim de manter a sua condição espiritual avança­da e para cumprir a sua missão; na verdade, eles esperavam envergonhar Paulo, levando-o a aceitar dinheiro, como eles faziam, e assim remover a sua desvantagem em relação a ele. Paulo percebeu isto claramente, e declarou que não tinha intenções de se tornar como eles. Pelo contrário, afirmava que esses homens eram falsos apóstolos e obreiros fraudulentos. Ainda mais: da mesma for­ma como os apóstolos de Cristo são inspi­rados pelo Espírito Santo e se tornam transformados, pelo Espírito, à seme­lhança de Cristo, esses homens estavam sob a inspiração de Satanás e se haviam tornado seus instrumentos de engano (v. 14 e s.).
É possível que o fato de Satanás se disfarçar como anjo de luz seja uma alusão a uma tradição judaica de que Satanás aparecera a Adão e Eva como anjo resplandecente. No chamado Apo­calipse de Moisés (cap. 17), se diz que, quando conversava com Eva, "Satanás tomou a forma de um anjo, e louvou a Deus como os anjos". Mas essa lingua­gem pode ter-se tornado proverbial. Paulo acrescenta que, os homens que partilham da propensão de Satanás para transformar as suas trevas em luz apa­rente, terão um fim correspondente aos seus atos. A linguagem é semelhante à de Romanos 3:8 e de Filipenses 3:19. Quan­do ministros de Cristo pervertem a graça, transformando-a em uma mentira, o seu pecado clama por julgamento que seja apropriado à sua seriedade.

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